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Museu de Arte Sacra é revitalizado e abre espaço para expressões paraenses em Belém

Espaço sedia apresentação da OSTP e exposição sobre a vida noturna e sonora da periferia da capital

O Liberal

Situado na Igreja de Santo Alexandre, no bairro histórico da Cidade Velha, por onde nasceu a Cidade de Belém há 406 anos completados na quarta feira (12), o Museu de Arte Sacra acaba de ser revitalizado pelo Governo do Estado e na noite desta sexta-feira (14) propiciou dois momentos culturais como presentes aos belenenses. A entrega das obras foi marcada pela apresentação da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, sob a regência do maestro Miguel Campos Neto, e a  abertura da mostra “Belém Periférica: Noturna e Sonora”, com 18 fotos de oito fotógrafos. O Museu será reaberto à visitação pública na terça-feira (18), de 9 as 17h.

Como ressaltou a secretária de Estado de Cultura, Úrsula Vidal, esse diálogo de expressões culturais é muito presente na vida da cidade. “Belém é essa diversidade, é esse diálogo extraordinário entre o erudito e o popular; uma cidade que forma a sua identidade nesse amálgama de diferenças, entre indígenas, os negros e essa influência europeia que marca tanto esse perímetro histórico da cidade, nessa arquitetura riquíssima”, destacou. 

image Concerto da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz marca entrega das obras no Museu de Arte Sacra (Foto: Cristino Martins / O Liberal)A titular da Secult disse que o Museu de Arte Sacra faz parte do Complexo de Santo Alexandre e é um espaço muito visitado pela população. “Nós temos aqui um circuito de museus, que são um patrimônio simbólico também, então é uma obrigação do Governo do Estado manter todas essas edificações, esses equipamentos públicos, essa origem da cidade”, acrescentou. A titular da Secult destacou que na revitalização do Museu atentou-se para o período atual de chuvas fortes sobre Belém.

Revigorado

As obras no Museu de Arte Sacra se constituem em um grande presente para Belém, como salientou o diretor desse espaço, Emanoel Franco,por ser um imóvel concebido na gestão anterior e que foi alvo de manutenção da atual administração estadual, como política que deve ser adotada a qualquer momento como zelo por aquilo que é histórico, patrimonial. “E essa atitude do Governo do Estado é muito benéfica pela manutenção desse espaço na nossa cidade”, afirmou. 

O Museu envolve um patrimônio escultórico, imaginário do transcurso da fundação da cidade, “o que veio para cá trazido pelos missionários, que integra o acervo do Museu”. No espaço, estão 500 peças.

Foram reconstituídas as fachadas, das paredes internas e foi feito um trabalho específico na cobertura da edificação, para evitar infiltrações e outras complicações na manutenção do espaço físico. Foram seis meses de obras, em um investimento de cerca de R$ 1 milhão.

Vida de Belém

Na mostra “Belém Periférica: Noturna e Sonora”, a ser conferida a partir deste sábado (15) até 17 de fevereiro, na Galeria Fidanza, o público confere fotos sobre o modo de viver do belenense na periferia da cidade, marcado pela musicalidade. São fotos de Dudu Lobato, Faustino Castro, Iza Girard, Jader Moreira, Jorge Teixeira, Marcelo Kalif, Nádia Borborema e Rosana Teixeira. 

“A exposição traz ambientes desse recorte da vida de Belém. O trabalho de curadoria (de Emanoel Franco) me encanta; essas imagens sozinhas talvez não comunicassem esses aspectos da vida de Belém da forma como está sendo colocado aqui, mas o Museu tem que retratar a história de um povo, de uma gente, e essa Belém noturna e sonora faz parte do nosso DNA”, declarou o fotógrafo Faustino Castro.

 

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