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Motoristas de aplicativo buscam alternativas para driblar calor e alto preço dos combustíveis; vídeo

Escolher corridas longas e regular com mais frequência o uso do ar condicionado fazem parte das táticas adotadas por condutores

Camila Azevedo

Com o preço da gasolina ainda longe do ideal, variando entre R$5,52 e R$5,89 o litro em Belém, e o verão amazônico com as temperaturas beirando os 32º, muitos motoristas de aplicativo precisam encontrar soluções que aliem conforto e economia, sem deixar de lado a questão da segurança. A situação tem feito os condutores buscarem alternativas, como regular o uso do ar condicionado e escolher rotas para desviar de congestionamentos. O trabalho nem sempre é fácil, mas algumas estratégias colocadas em prática têm garantido a continuação do serviço oferecido e uma viagem tranquila, tanto para quem dirige quanto para o passageiro. 

As práticas adotadas são pensadas como uma forma de reduzir gastos e melhorar a experiência do usuário, mesmo com as dificuldades. Há corridas que são mais vantajosas que outras e todas elas são analisadas com cuidado, por exemplo, um percurso mais longo pode ser mais vantajoso em termos econômicos, enquanto que um caminho curto com longos trechos engarrafados já não é tão viável assim, o que explica os cancelamentos para destinos próximos ao ponto de embarque.

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Dentro desse intervalo de tempo, David evita ligar o ar condicionado, porém, fica sempre atento ao cliente. Já nas viagens mais curtas, quando alguém solicita que a refrigeração seja ligada, o condutor explica a questão e entra em consenso com o passageiro. “Nesse horário, a gente tenta evitar ligar o ar, porque corridas curtas, infelizmente, com as taxas, acabam não sendo rentáveis. Caso ligue em corridas curtas, tento evitar engarrafamento por meio de outros aplicativos, rotas alternativas onde o trânsito esteja menos intenso. Procuro conversar com o passageiro e explicar, mas quando ele não entende, ai eu ligo”, diz. 

Ainda tem a questão da segurança, fundamental em todo percurso. As próprias empresas que oferecem o serviço sabem da necessidade que todos os usuários têm de não correr perigo. “Alguns apps sinalizam que vamos buscar ou desembarcar alguém em área de risco, temos a opção de não aceitar, mas caso aceite, eles dão um bônus adicional para auxiliar nessa questão. Vai muito do passageiro também, às vezes, ele sabe como é a área e avisa que tem que deixar o vidro levantado, ou, ao contrário, deixar baixo para identificação”, conclui David.

 

Belém