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Moradores do bairro do Marco interditam a avenida João Paulo II

Comunidades da Vileta e da Timbó dizem que as obras de macrodrenagem vão retirar mais de 100 famílias de casa e receberão indenizações que consideram insuficientes

Laís Santana

Um grupo de moradores das travessas da Vileta e da Timbó, em Belém, fez uma manifestação que interditou parte da avenida João Paulo II, no sentido São Brás - Marco, na manhã desta terça-feira (01). A comunidade diz que as obras de macrodrenagem do canal da Timbó, que pertence à Bacia do Tucunduba, vão demandar a saída de cerca de 100 famílias das casas onde vivem atualmente. Para os manifestantes, o valor oferecido como indenização é muito baixo e insuficiente para arcar com terrenos ou novas casas.

"Pegaram a gente de surpresa, não avisaram nada e os valores que vão passar pra gente são muito injustos, são 10 mil, 15 mil. Onde um pai de família vai comprar um terreno ou até uma casa com esse valor?", questiona Paulo Azevedo, morador da área há mais de 40 anos. 

Segundo os moradores, o canal da Timbó sempre terminou na passagem Valdir Acatauassú Nunes. No ano passado, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), apresentou a proposta de ampliar o canal até o canal da União, ficando os moradores obrigados a desocupar o imóvel no prazo de 30 dias a partir da assinatura do contrato. A comunidade não é contra a desapropriação, mas reivindica os valores oferecidos. 

"Nós moramos a 500 metros da avenida João Paulo II, tem casa aqui que vale mais de R$200 mil, casas de R$100 mil eles querem dar 20, 25 mil. Eles alegam que uma parte da João Paulo é da Universidade e consequentemente é da União. Não querem indenizar a gente de forma digna, eles querem dar só a escritura", afirma o morador Gleibson Ribeiro.

Em nota, a Sedop informou que os valores pagos são baseados na tabela do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (SINDUSCON-PA) e na Planilha de Custo da própria secretaria.

Belém