Moradores denunciam 'ninhos' de entulho e lixo em bairros de Belém
Problema é recorrente e dá mostras que se agrava a cada dia na capital paraense, como verificado nos bairros do Telégrafo, Sacramenta e Marco
Problema é recorrente e dá mostras que se agrava a cada dia na capital paraense, como verificado nos bairros do Telégrafo, Sacramenta e Marco
Não é mais novidade que entulho e lixo fazem parte do dia a dia de Belém. Tanto que na coluna "Você repórter", de O Liberal, o público volta sempre a indicar situações desse tipo a afligir cidadãos de todas as idades. Ainda nesta terça-feira (17), moradores novamente denunciaram o problema. Na esquina da travessa Djalma Dutra com a Rua do Una, no calcadão do campus da Universidade do Estado do Pará (Uepa), no bairro do Telégrafo, verifica-se uma situação insólita. Um "lixão" com entulho e lixo que ocupava uma faixa de calçada "mudou-se" para outra calçada na mesma confluência das vias. E o que é pior: cresceu de tamanho.
Quem revela essa situação é uma moradora da área, a psicóloga Aline Cruz. "Era tudo no outro lado da rua, mas a calçada foi transformada em um jardim, e, então, veio para cá, onde está agora, e vai se estendendo pela calçada da Uepa", relata.
Aline conta que chegam carroças para jogar entulho no local, material que se junto a resíduos sólidos. Nesta terça-feira (17), havia nos monturos ao longo da calçada da Uepa: restos de televisor, sacos plásticos, papelão, pedaços de madeira, telhas, garrafas de vidro e outros itens.
"Temos uma geração mal educada, que se reflete nesse problema. Então, falta uma maior fiscalização da Prefeitura, falta aplicar a lei de modo a mexer no bolso do cidadão, como ocorre em Santa Catarina, dois mínimos como multa para quem jogar", destaca o motorista de aplicativo Nilton da Silva, diante do "ninho" de entulho e lixo na Djalma Dutra com a Rua do Una. Perto dali, atrás de uma parada de ônibus, na Rua do Una, é verificado acúmulo de folhas e restos de comida, indicando que o "ninho" de entulho e lixo tem tudo para crescer, em breve.
Quem também se indigna com o funcionamento de um outro "ninho" de entulho e lixo em Belém é o professor de Matemática, Thompson Araújo. "Esse material todo é colocado aqui, bem perto do muro da Escola Estadual Graziela Moura Ribeiro, na Sacramenta. Isso é um absurdo! Jogam animais mortos, restos de comida, atraindo ratos, e isso perto do refeitório da escola", enfatiza o docente.
Thompson Araújo considera esse tipo de situação como um "câncer" em Belém. Esse "ninho" funciona na esquina da Rua Nova com a travesa Alferes Costa, no bairro da Sacramenta. No local, nesta terça-feira (17), havia sofá, tapete, restos de comida, pedaços de madeira e peças de TV, entre outros itens.
No bairro do Marco, precisamente, na travessa Perebebuí próximo da avenida Romulo Maiorana, há um outro ponto de descarte de entulho que se junta com detritos. "Jogam entulho aí por semana, e, então, fica essa imundície que se vê", destaca Gad Carvalho, autônomo e morador do perímetro há 12 anos. Entre outros itens jogados na pista asfáltica perto da calçada estavam folhas, pedaços de isopor, restos de móvel, espuma e lixo doméstico.
Procurada pela redação, a Prefeitura Municipal de Belém ainda não se manifestou sobre as reclamações.