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Moradores da Pedreira estão cansados de problemas com o fornecimento de água

Vazamento abriu cratera na travessa Mauriti no fim da manhã de ontem (2)

Redação Integrada

Quem passou pela travessa Mauriti nesta quarta-feira (2) viu uma cratera após um vazamento de água ruir o asfalto da via, no trecho entre Antônio Everdosa e Rua Nova, no bairro da Pedreira. A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) isolou o local para realizar avaliação técnica do problema enquanto os moradores do entorno assistiam, incrédulo, mas um capítulo da novela que se tornou o fornecimento  irregular de água no local. Para o comerciante Flávio Alcântara, o problema é sinônimo de estresse e prejuízo. “Eu tenho esse restaurante aqui um ano e nunca passei por uma semana sem problema no fornecimento. Mesmo sem acidente de nada, deu 22h, falta água. Volta 5h. Sem contar às vezes que falta nos outros horários sem ninguém avisar nada”, lamenta ele, que já passou por diversos atrasos na preparação de refeições e já ficou até dias sem abrir o estabelecimento.

A tubulação quebra com frequência e Flávio diz que já não aguenta mais tanto descaso. Para ele, há um problema adicional, que é o fechamento das ruas por conta de obras constantes. “Fecham todo o quarteirão do meu restaurante porque vivem consertando o serviço mal feito de sempre. Você pergunta para o pessoal aqui da obra sobre o que houve, é a maior ignorância. Ai liga para lá ou manda mensagem, a mesma resposta pronta que a gente recebe todo mês”, reclama ele, ao lembrar que duro mesmo é ver todos os outros bairros com fornecimento normal de água. Menos a Pedreira.

A podóloga Jesus Falese já anda triste com a situação. O motivo: mesmo quando a água volta, ela é escassa e barrenta. “Desde que começaram essas obras de tubulação aqui na Pedreira está assim. A água vem pingando, suja. E aí eles dizem que é pressão. Estamos sofrendo”, afirma ela, moradora da Antônio Everdosa. Ela conta que às vezes consegue água com vizinhos, mas gostaria mesmo era de abrir a torneira e poder lavar as roupas sem se preocupar em ter que buscar água em baldes na outra rua. “Sem água ninguém tem condição de viver direito. Eu vejo tanto obra aqui enfeiando as ruas e ficam um tempão aí, com esses buracos abertos. Param, voltam, param. E nada se resolve. Até na Cosanpa eu fui. Cansei de falar pelo telefone”, desabafa ela, enquanto enumera as tarefas diárias que deixa de fazer por não ter água.

No dia 18 de novembro, a reportagem de O Liberal conferiu ao menos sete buracos de obras que tomavam calçadas na travessa Lomas Valentinas, uma das principais do bairro. Na época, a Cosanpa informou que o trecho passava por obras de substituição de rede. Contatada pela reportagem para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido de hoje e as reclamações dos moradores do bairro, a Companhia ainda não respondeu.

Belém