Moradores da Nove de Janeiro denunciam obra inacabada em canais
Área sofre com atrasos nas obras, alagamentos, iluminação pública precária e insegurança
Há pelo menos um ano, dizem moradores da travessa Nove de Janeiro, as obras no canal da via e do canal da Três de Maio pararam. As melhorias previstas para o entorno também não saíram. Gradativamente, a área começou a sofrer com alagamentos e com a insegurança por conta da iluminação pública insuficiente.
O trecho mais afetado da Nove de Janeiro fica entre a travessa Padre Eutíquio e a passagem Tabajara. Sem a devida estrutura, o canal, nesse perímetro, se tornou uma grande vala. As tubulações não foram concluídas. Há mato e diversos bichos ao redor, que invadem as casas. E o canal começou a transbordar, com água tornando a pista de terra em lama.
Só há uma ponte de madeira para cruzar o canal. Essa ponte antes ficava bem próximo de uma passagem bem iluminada. Mas trocaram a ponte de lugar e agora dá num espaço escuro, onde assaltos têm ocorrido. A escuridão tem atraído pessoas mal-intencionadas. Há desconforto pelo consumo de drogas na escuridão da área.
"Tiraram a ponte para colocar umas estacas nas margens do canal. Depois não fizeram mais nada. Mudaram a ponte de lugar sem consultar ninguém e agora a ponte está em péssimas condições, levando as pessoas para onde vários ladrões se escondem. Temos agora um valão na porta de casa", critica a dona de casa Irene Machado.
Ao longo da Três de Maio, a falta de iluminação e pavimentação continua, deixando a via cheia de buracos, lama e dificuldade para a passagem de veículos.
A Prefeitura de Belém informa que as obras nas vias citadas fazem parte do Programa de Saneamento da Bacia da Estrada Nova (Promaben), que no momento, passa por ajuste e reprogramação de prazo. Informa ainda que a obra do canal da 3 de Maio alcançou mais de 60% das ações previstas, com a execução de macro e microdrenagem, urbanização e sistema viário.
Sobre a ponte de madeira, a PMB esclarece que a estrutura que foi construída a pedido dos moradores é provisória e será substituída por outra de concreto, com o avanço do projeto. Já com relação à falta de iluminação pública, a Secretaria de Urbanismo (Seurb) informa que vai enviar uma equipe ao local para avaliar a situação.