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Médicos fazem greve e pacientes voltam sem atendimento da UPA da Marambaia

A Sesma garantiu que as UPAs da Marambaia, Jurunas e Terra Firme estão abertas e atendendo casos graves e moderados. Sindmepa diz que serviços estão limitados a 30% da capacidade.

Dilson Pimentel

Muitas pessoas procuraram, em vão, atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Marambaia, em Belém, na manhã desta quinta-feira (5). Os médicos que trabalham na unidade estão em greve porque não recebem seus salários há dois meses.

Um dos pacientes que ficou sem atendimento foi o idoso Waldenores Cabral de Sousa, de 75 anos, que chegou de bicicleta na UPA, mas teve que voltar para casa. Ele foi afastar uma cômoda, na casa dele, e sofreu um acidente. “A cômoda escapuliu e caiu bem em cima do dedo do meu pé (esquerdo)”, contou. “Falaram que não tem previsão de atendimento tão cedo. Eu não sabia que estavam em greve”, afirmou Waldenores, que retornou para casa e disse que, depois, iria em uma farmácia.

Uma outra senhora, que preferiu não se identificar, caiu e também buscou atendimento na UPA. Ela também não foi atendida.

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Por nota, o Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa) informou que “médicos da UPA Marambaia comunicaram ao sindicato, à Sesma e à população que iriam paralisar os atendimentos a partir do dia 25 de dezembro, por tempo indeterminado. Os profissionais reivindicam a regularização dos plantões realizados em outubro e novembro de 2022. Segundo os médicos, o último pagamento realizado foi referente ao mês de setembro. O movimento irá restringir os atendimentos a 30% do fluxo, mantendo assistência somente aos pacientes laranjas e vermelhos, que são casos mais graves de acordo com a classificação de Manchester”.

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“Segundo o comunicado, os médicos vêm solicitando há várias semanas informações sobre o repasse à equipe médica e não obtiveram retorno, assim como por parte da Secretaria de Saúde e da direção técnica da unidade”, diz a nota do Sindmepa.

Belém