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Lixão do Aurá ainda registra focos de fumaça e de incêndio

Moradores reclamam que a fumaceira continua causando problemas respiratórios nas crianças e adultos

Dilson Pimentel

A Redação Integrada de O Liberal constatou, na manhã desta sexta-feira (30), que ainda há focos de fumaça e de incêndio no lixão do Aurá, nos limites entre os municípios de Belém e Ananindeua. A área visitada pela reportagem fica na comunidade Santana do Aurá, bem em frente ao prédio da escola municipal Santana do Aurá, da Prefeitura de Belém. Os moradores dessa comunidade continuam reclamando da fumaça, que, segundo eles, começou há mais de duas semanas. Eles relatam problemas respiratórios e afirmam que a situação piora a partir das 18 horas.

A reportagem também verificou que, apesar da fumaça, os catadores continuam trabalhando normalmente no local, retirando materiais que garantem o sustento deles. Na área visitada pela reportagem, por volta das 11 horas, não havia militares do Corpo de Bombeiros. Mas havia um caminhão-pipa da prefeitura na área.

Maria Gorett Maia Silva, 42 anos, mora próximo ao lixão. Ela disse que o filho dela, de três anos, tem tossido muito por causa da fumaceira. “Esse menino aqui não consegue dormir de noite. Olha como ele está cansado. É por causa da fumaça. De noite pega fogo. Muito fogo”, disse.

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Sesan informa que segue combatendo os focos de incêndio

A Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) informou que segue combatendo os poucos focos de incêndio ainda existentes no aterro sanitário do Aurá. Estão em uso no local dois veículos de hidrojatos, dois carros-pipa e uma escavadeira. A Secretaria informou ainda que o Corpo de Bombeiros Militar do Pará e órgãos de vigilância e controle continuam fazendo o acompanhamento da situação.

O Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informaram que não há nenhum registro de incêndio na área do Aurá. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) afirmou que está monitorando o caso em parceria com o Corpo de Bombeiros.

Em nota atualizada, a Sesan informou que os pontos de calor ainda existentes, acima da temperatura habitual, estão sob os resíduos. Por esse motivo tem uma escavadeira no local, para revirar a camada de materiais e os hidrojatos e carros pipas resfriarem. Por tanto, não há divergência entre a nota do corpo de Bombeiros e da Sesan.

Além da Sesan, os órgãos envolvidos no monitoramento da situação são: O próprio Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) e Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa).

Belém