Instituto Dea Maiorana surge para transformar a realidade de mulheres vulneráveis na Amazônia
Comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas serão contempladas com as ações do Instituto
Comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas serão contempladas com as ações do Instituto
Lançado na quinta-feira (25), na Ilha do Combu, em Belém, o Instituto Dea Maiorana (IDEA) implementa e dissemina práticas socioambientais sustentáveis que contribuem para transformar a realidade de mulheres, jovens e crianças em situação de vulnerabilidade social. Em especial, comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas que estimulam o empreendedorismo social, cultural e ambiental em suas localidades. O site da entidade (institutodeamaiorana.com.br) já pode ser acessado.
O IDEA foca práticas socioambientais sustentáveis para transformar a realidade de mulheres, jovens e crianças em situação de risco e vulnerabilidade social na Amazônia. O lançamento do Instituto marca a ampliação das ações do Instituto Criança Vida, que, agora, passa a se chamar IDEA. O site da entidade (institutodeamaiorana.com.br) já pode ser acessado.
"Dentro dessa nova estrutura e dentro desse novo foco, a minha mãe sempre foi uma pessoa que teve muito desse olhar para as pessoas mais vulneráveis. Então, a gente achou que essa seria uma homenagem justa, desse novo momento do Instituto, que passa a ser, agora, Dea Maiorana", disse a presidente do IDEA, Rosângela Maiorana.
"A gente precisava de um nome de uma mulher forte, que representasse a mulher no Pará. Ela é paraense. Ela é uma mulher de origem humilde, que sentiu a dor da rejeição, da fome. E muito solidária nas suas causas. Nunca foi afeita a propagandear o que ela fazia, as causas que apoiava. Por isso mesmo, a gente acha que esse momento é de homenageá-la", afirmou.
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Assim como José Mattos, Adriana Lima também compõe o Conselho do IDEA. Ela é sócia fundadora do MMIB (Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém), do qual faz parte da coordenação, cuja sede é na Ilha de Cotijuba e que reúne mais de 100 mulheres.
“O Movimento de Mulheres trabalha na ilha há mais de 25 anos, e tem sede própria. Hoje a gente desenvolve trabalho com educação, meio ambiente, turismo, gastronomia, extrativismo, agricultura”, disse. A associação é formada por mulheres e homens. “A gente consegue fazer eleição de dois em dois anos, ter uma coordenação mudando sempre para esse fortalecimento das mulheres que estão lá dentro”, contou. “Fazer com que as mulheres participem da coordenação, participem da associação e dos projetos, traz esse fortalecimento para a gente enquanto mulher, enquanto produtora, enquanto gestora de uma associação”, contou.
Ela também falou do lançamento do IDEA. “Eu acho interessante porque é o momento de Belém conhecer o que Belém tem. Nós estamos em Belém trabalhando há 25 anos, mas tem mais gente de fora de Belém que conhece o movimento do que as pessoas que moram aqui. Então esse é o momento de conexão, de conhecimento do que a gente tem aqui enquanto mulheres, enquanto produtoras e empreendedoras da ilha de Cotijuba para Belém”, afirmou.
Outro conselheiro é Rafhael Medeiros, diretor executivo do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, e também falou sobre esse novo momento do Instituto. “É com muita alegria que a gente vê esse novo momento do Instituto Dea Maiorana, num momento tão urgente e tão necessário de ações a que o Instituto se propõe a fazer”, disse. “Trabalhar com vulnerabilidades, com mulheres, com crianças. A gente conhece a nossa região, a gente sabe das dificuldades, das mazelas que ela tem. E ter um Instituto tão forte, que olhe com carinho e com precisão para essas agendas, nunca foi tão urgente e fundamental”, afirmou.
Rosângela Maiorana
Presidente do Instituto Dea Maiorana - IDEA
Apaixonada por pessoas, pelo Jornalismo e por causas sociais, Rosângela Maiorana é paraense com orgulho. Formada em Administração de Empresas pela Universidade da Amazônia (Unama), tem pós-graduação em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo. É especialista em Responsabilidade Social e Terceiro Setor pelo Grupo de Institutos e Fundações Empresariais (GIFE), sendo editora de uma página sobre o tema em O Liberal desde 2002. Idealizou e realizou a Conferência de Responsabilidade Social da Amazônia. É fundadora e diretora do programa “O Liberal na Escola”, que, desde 1995, fortalece a educação, visando a formação cidadã crítica e construtiva de estudantes paraenses por meio da leitura e da utilização pedagógica de O Liberal, e do Instituto Criança Vida, que deu origem ao Instituto Dea Maiorana - DEA. É vice-presidente do Grupo Liberal.
Camille Bemerguy – diretora do IDEA
Paraense, amante da natureza e das causas sociais, Camille Bemerguy gosta, valoriza e entende de pessoas. Sonha e trabalha ativamente para construir um mundo mais justo. Economista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem mestrado em Planejamento do desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA- UFPA) e doutorado em Economia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e pela American University. É mãe, mulher amazônida, professora, pesquisadora e consultora de organismos nacionais e internacionais como Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em temas de políticas sociais inclusivas. Tem experiência de mais de 25 anos no desenho de políticas públicas sociais e inclusivas (inclusão produtiva e financeira) e em finanças sustentáveis no Brasil e na África ( Moçambique, Angola, Malawi, Zâmbia, Zimbabwe, Tanzania). Foi diretora de mudanças climáticas, serviços ambientais e bioeconomia na Secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas), entre 2020 e 2023, coordenando o Plano estadual de bioeconomia.
Adriana Lima
Empreendedora da área de Turismo - Pousada Quarto Crescente Cotijuba. É sócia-fundadora do Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém (MMIB), fazendo parte da coordenação atual 2023 a 2025, iniciando na Meliponicultura na Ilha de Cotijuba.
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Camila Kzan
Paraense, atua no mercado audiovisual como realizadora e roteirista. Dirigiu o Cine Rooftop para o Canal Paramount; o documentário ‘Salto Livre’, para o GNT; o curta ‘Marcados e eu’, com a fotógrafa Claudia Andujar, entre filmes de conteúdo para marcas comerciais. Seu curta-metragem ‘Uma escola no Marajó’ foi selecionado para diversos festivais nacionais e internacionais, ganhando menção honrosa, no Festival Sinédoque, e Melhor fotografia, no Festival Guarnicê. Em 2023, Camila foi selecionada ao Laboratório Cine Qua Non Lab, com seu primeiro projeto de longa-metragem, ‘Jóia’. É especialista em roteiro, pela Escola de Cinema da Catalunha, e tem também formação em Roteiro e Direção de atores, pela EICVT, de Cuba.
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Camilla Miranda
Arquiteta e Urbanista, é formada pela Universidade Federal do Pará UFPA) e pós-graduada em “Design de Ambientes”, pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Atuou também como consultora em desenvolvimento local, inovação, governança e políticas públicas. Por seis anos, ocupou, no Governo do Pará, o cargo de coordenadora de Articulação Institucional e Governança do Programa Municípios Verdes. Coordenou o curso de Arquitetura e Urbanismo e o núcleo de responsabilidade social, da Universidade da Amazônia (Unama). Foi docente dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Comunicação Social e Engenharia Civil na mesma universidade. Ocupou os cargos de gerente e de coordenadora de mudanças climáticas, bioeconomia e serviços ambientais, na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS. Atualmente, é diretora geral do Núcleo Executor do Programa Municípios Verdes, no Governo do Pará.
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Ellen Acioli
Nasceu e cresceu na Amazônia. É graduada em Ciências Biológica, pela UFG); especialista em Projetos Sustentáveis e Mudanças Climáticas, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR); mestre em Zoologia, com ênfase em Ecologia e Conservação, pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e fluente na língua inglesa por meio de vivências internacionais. Sua experiência profissional é voltada para a proteção e conservação das florestas e seus povos e salvaguarda dos meios de vida, culturas e tradições. Atua em gestão e articulação, ocupando espaços de tomada de decisão, delineando estratégias de desenvolvimento territorial sustentável e sendo protagonista na implementação das mudanças e ações que têm expectativa que aterrissem nos territórios da Amazônia. Possui 14 anos de experiência na Amazônia.
É coidelizadora e cofundadora da Associação de Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós. Compõe o grupo de trabalho de Gênero e Clima, do Observatório do Clima. Foi responsável pelo Programa de Conservação da Fauna e Flora, na Alcoa, em Juruti. Fez parte do quadro da Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil), atuando com governança e gestão territorial, captação de recursos e apoio a cadeias de produtos da sociobiodiversidade na Amazônia. Atualmente, trabalha na Fundacion Avina como Coordenadora Programática e Ponto Focal do Time Regional do Brasil do Programa Vozes pela Ação Climática Justa, que aborda a questão da justiça climática a partir de quem faz enfrentamento a crise climática na Amazônia Brasileira.
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Emmanuel Tourinho
Professor Titular da Universidade Federal do Pará (UFPA). Exerce, desde 2016, a função de Reitor da UFPA e, desde 2022, a de presidente do Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB). Foi presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), presidente do Comitê Assessor da Área de Psicologia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e coordenador da Área de Psicologia na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES/MEC).
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José Mattos
Executivo de sustentabilidade e empreendedor. Tem mais de 25 anos de experiência em sustentabilidade e desenvolvimento amazônico. Atualmente, é Chapter Head da ANDE no Brasil e fundador da ViaFloresta. Possui experiência significativa no setor público e privado, incluindo Natura&Co e VALE. É ainda professor, palestrante e conselheiro de startups e ONGs.
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Leticia Moraes
Mulher da floresta, preta, extrativista, moradora do Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Ilha São João I, município de Curralinho, no Marajó. Presidente da Cooperativa dos Produtores e Produtoras Agroextrativistas do Rio Pagão (COPA), e vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS). Atua na Secretária Nacional de Articulação Política de Juventude extrativista (CNS), além de ser mestra em Agriculturas Familiares, pesquisadora na temática das juventudes extrativistas (“entre lutas e legados: juventude extrativista em defesa dos seus territórios”) e coordenadora política do Projeto “Tem floresta em pé, tem mulher”, uma campanha colaborativa de visibilidade e protagonismo das mulheres pretas da Amazônia ao enfrentamento a crise climática. Foi coordenadora do II Encontro Nacional das Juventudes Extrativistas e uma das mobilizadoras do VI Congresso Nacional das Populações extrativistas, “Populações tradicionais extrativistas em defesa da floresta e do clima”.
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Marina Marçal
Head de Diplomacia e Advocacy para Cidades, na C40. Research Fellow de Política Climática no Washington Brazil Office. Relatora de Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Ambientais na Plataforma DHESCA Brasil. Antes de ingressar na C40, Marina trabalhou na Prefeitura do Rio de Janeiro, na Secretaria de Meio Ambiente e Clima, como coordenadora do Portfólio de Política Climática, no Instituto Clima e Sociedade. Marina foi pesquisadora visitante na Columbia Law School (NY), onde fez parte de seu doutorado no Programa de Meio Ambiente e Energia. Marçal é mestre em Sociologia e Direito, pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e mestre em Relações Étnico-Raciais, pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro.
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Raphael Medeiros
Formado em Administração de Empresas, pós-graduado em Comércio Exterior e com MBA em Administração e Marketing, Pontifícia Universidade Católica (PUC/RJ). É diretor executivo do Centro de Empreendedorismo da Amazônia, uma instituição que atua na promoção e articulação de negócios sustentáveis com foco na floresta, biodiversidade, serviços ambientais e uso sustentável do solo na Amazônia. Ao longo dos últimos oito anos, ajudou a desenvolver centenas de negócios sustentáveis na Amazônia Brasileira, tendo os jovens locais como protagonistas. Atua ainda como Consul Honorário do Reino Unido e empreendedor.