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Infectologista orienta sobre cuidados para amenizar sintomas leves de covid-19 e de gripe

De acordo com o infectologista Lourival Marsola, medidas simples podem auxiliar na recuperação, mas a automedicação é um grande risco

João Thiago Dias / O Liberal

Com dificuldade para conseguir atendimento médico em meio a tantos casos de covid-19 e gripe em várias cidades do Brasil, algumas pessoas sintomáticas acabam recorrendo a alternativas mais simples ou a medicamentos que não exigem receita, para amenizar sintomas de casos leves, como febre, dor de cabeça e coriza. Em Belém, o infectologista Lourival Marsola listou algumas orientações para que esse tipo de ação não prejudique a saúde. Ele também enfatizou um alerta: automedicação é um risco e o ideal é sempre procurar um médico.

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Já o ato de gargarejar não é uma medida muito eficaz, conforme frisou o infectologista. "O gargarejo, de maneira geral, não ajuda muito não. Tem algumas soluções colutórias que podemos usar, mas quando a dor no orofaringe, na garganta, é muito intensa. Acabamos recomendando para dar uma sensação de alívio dessa dor".

Que cuidados tomar?

Lourival Marsola reforçou que, em casos de sintomas de síndrome gripal, o mais adequado é procurar um serviço de saúde. "Ninguém melhor do que um médico para orientar essa medicação, essa prescrição!", disse. Se houver dificuldade para conseguir consulta de urgência ou de rotina, entretanto, deve-se tomar cuidado com a dosagem de medicamentos utilizados sem prescrição médica.

"Se tiver dor de cabeça ou febre, pode tomar um analgésico simples, à base de dipirona, à base de paracetamol. Mas cuidado para não fazer supermedicação, superodoses. E, na maioria dos processos virais, sempre recomendamos nunca utilizar nenhum produto à base de ácido acetilsalicílico, porque pode provocar algumas complicações", pontuou.

"Outro ponto importante dessa automedicação é utilizar puro e simplesmente os analgésicos, os antitérmicos. Não fazer uso de anti-inflamatórios nem corticoides nem antibióticos. Isso tudo, quando usado de forma inadequada, pode até complicar a evolução do indivíduo", finalizou Lourival Marsola.

Enfermeira orientou cuidados em família

A família da enfermeira Hellen Lobo, de 23 anos, de Belém, enfrentou dificuldades para garantir atendimento médico diante do quadro de covid-19 e de gripe. Eles acabaram usando alguns medicamentos sem receita. "Pegamos as duas doenças recentemente, mas não conseguimos consulta com rapidez. Não foram sintomas graves. Para febre, um remedinho ali para febre. Tosse, um xaropinho que a gente já conhecia. Mas meus conhecimentos de enfermeira ajudaram", ressaltou Hellen.

Ela também endossou a importância de procurar um profissional habilitado para o atendimento à saúde. "Geralmente, nas farmácias menores de bairro ou de alguns interiores, as pessoas conseguem mais facilidade de acesso a qualquer tipo de medicamento sem receita. Mas é sempre importante ir ao médico para um tratamento eficaz".

Belém