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Greve de ônibus em Belém: falta de coletivos aumenta preço das passagens no transporte alternativo

Passageiros tiveram que desembolsar até o dobro do valor que estão acostumados a pagar em dias normais

Laís Santana

Sem opções para se locomover durante o primeiro dia da greve dos rodoviários em Belém, nesta terça-feira (3), a população teve que pagar mais caro pelo preço da passagem em corridas de aplicativos e no transporte alternativo. De acordo com os motoristas de aplicativo, aumentou o número de solicitações de corrida ao longo do dia, principalmente durante a chuva da tarde e no início da noite. Enquanto isso, as vans e microônibus também aproveitaram para fatura cobrando cerca de cinco a dez reais por passageiro. 

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Nas redes sociais, muitos internautas reclamaram do aumento no preços das corridas nos aplicativos de transporte. "30 contos um Uber do Guamá pra Presidente Vargas, normal é de 10 ou 15, no máximo", escreveu Carla Adriane. 

Em outra postagem, um passageiro mostra uma corrida do Guamá para Batista Campos que em dias normais custaria R$ 13, nesta terça-feira não saiu por menos que R$ 23. 

"Uma distância, da Mauriti com a Rua Nova para a Antônio Baena com Almirante R$ 13,98", descreveu Izabela Santos. 

Além do valor mais alto, os passageiros também reclamaram da qualidade do serviço. "Mais caro e mais demorado. Motoristas fazem a gente esperar mais que o necessário pra cancelamos a corrida. Aceitam e depois de mais de 7min cancelam a corrida", relatou Helton Nunes. 

O cenário não era diferente para quem aguardava nas paradas de ônibus por uma alternativa para voltar para casa. Na av. Visconde de Souza Franco, a equipe de reportagem de O Liberal flagrou vans cobrando até R$ 10 para passageiros com destino final em Ananindeua, na região Metropolitana de Belém. Quem quisesse se deslocar para outros destinos como Guamá e Icoaraci precisou desembolsar de R$ 5 a R$ 7. 

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Para a diarista Maria José Bordon, a falta de ônibus dificultou muito o deslocamento. Ela esperava por uma condução que a levasse da av. Visconde de Souza Franco até o Guamá, bairro onde mora. "Sem dúvida foi um dia difícil pra nós que dependemos do transporte público. Agora eu estou aqui esperando para ver se meu filho vem me buscar de moto porque está difícil chegar em casa", contou. 

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