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Grande Coleta do Emaús ocorre neste domingo (25) e leva solidariedade para ruas de Belém

As caminhões percorreram 12 bairros da cidade para arrecadar móveis e roupas que serão destinados para dar continuidade nos projetos sociais

Amanda Martins

Cerca de 700 voluntários divididos em 24 equipes de arrecadações estiveram envolvidos na 49ª Grande Coleta do Emaús, promovida pelo  Movimento República de Emaús, na manhã deste domingo (25), na sede da instituição, localizada no bairro do Bengui. O ato de solidariedade com o próximo voltou a ocorrer aos moldes tradicionais - com a saída dos caminhões por 12 bairros de Belém para a realização das coletas -  após dois anos de pandemia, onde precisou ser adaptado para o drive tour. 

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No primeiro ano de pandemia, o Emaús não conseguiu realizá-la. Já em 2021, a ação precisou ser adaptada para o drive tour,  onde os doadores iam até a instituição a pé ou de carro/moto deixando donativo. Já neste ano, os caminhões de apoio passaram em trechos específicos para buscar as doações.

“Infelizmente, nós não conseguimos atender todas as demandas que a cidade nos apresenta, porque ficamos limitados a caminhões que podem fazer o roteiro. Por isso, as doações seguem o ano inteiro. Podem nos telefonar para a gente anotar os endereços e buscar os donativos”, disse, acrescentando que a expectativa da dos voluntários é encher o galpão da República de Emaús. 


Todos os objetos doados são descarregados na sede, passam por um processo de higienização e triagem dentro do galpão.  Segundo a coordenadora da Grande Coleta, Cleice Maciel, nos próximos dias as geladeiras, sofás e fogões, assim como livros e roupas, serão colocados à venda para que o dinheiro seja revertido em verba financeira para continuar dando prosseguimento aos projetos sociais do Movimento, que ajuda crianças em vulnerabilidade social e suas famílias.     

image Os donativos sendo separados pelos voluntários (Amanda Martins / Especial O Liberal)

“Nós queremos continuar investindo no desenvolvimento dessas crianças e adolescentes de Belém, assegurando a efetivação dos direitos deles”, afirmou a coordenadora da ação. 

Voluntários ‘explodem’ de felicidade com cada doação  

Para a causa continuar dando certo, além da sensibilização popular, é preciso ter empenho dos voluntários. Esse é o primeiro ano que o funcionário público Rafael Sfair atua como voluntário na Grande Coleta. Para ele, é muito gratificante estar rodeado de pessoas que inspiram a solidariedade e contribuem para um mundo melhor. O rapaz participou ajudando a recolher chamados de doações dos paraenses por meio da internet.

Já Lene Cunha, que é voluntária do Emaús há 14 anos, escolheu estar em cima dos caminhões recolhendo os objetos que são ofertados pelos moradores quando o caminhão passa em alguma rua da cidade. Ela disse que houve uma adesão muito positiva da população e que os objetos mais doadores foram geladeiras, sofás e máquinas de lavar.  

“Eu chorei muito enquanto fazíamos a coleta, porque durante os últimos anos foi muito difícil e também não é a mesma coisa de estar nas ruas. É uma emoção diferente, o que nos move é essa solidariedade com o próximo”, afirmou emocionada. 

Moradores sensibilizam-se com causa maior do Movimento de Emaús 

A servidora pública Ruth Helena acompanhada do filho e do marido deixou as doações na sede do Movimento. No carro,  a família ajudou a descarregar mais de cinco sacolas com roupas, que arrecadaram de amigos e conhecidos. 

“Não é o primeiro ano que eu faço doações. A gente sempre espera o dia “D” para juntar e entregar tudo aqui, enfatizando que esse é o dia da gente desapegar em casa das coisas que estão e não nos servem mais, mas que podemos usar para ajudar os outros”, afirmou Ruth Helena. “A importância de ajudar é se colocar no lugar do outro”, acrescentou, dizendo que pretendia fazer uma ‘segunda viagem’ para entregar mais doações. 

Os populares que não conseguiram se deslocar até a sede do Movimento República de Emaús também puderam doar os donativos na Escola Salesiano do Trabalho, localizada na Avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira. Foram aceitos artigos de cama, roupas, móveis, brinquedos, eletrônicos e material de informática. O que não for vendido ou destinado a um grupo específico  será reciclado.  

Belém