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Grande Belém chega a registrar média de um incêndio por dia em 2018

Desde setembro, 52 famílias já perderam suas casas

Lázaro Magalhães

Nesta sexta-feira (16), uma casa de três pavimentos pegou fogo no início da tarde na passagem Brasília, no Guamá. Os bombeiros foram acionados, mas quando chegaram o incêndio já tinha sido apagado pelos próprios moradores da vila familiar sem nome, que fica entre as passagens Napoleão e Caraparu.

Nenhuma das quatro pessoas que moram na residência de alvenaria estavam em casa quando as chamas começaram, por volta de 13h54. O fogo consumiu um quarto. "Não sabemos como começou. Pode ter sido na fiação", resumiu a moradora da vila, Nayara  Silva, 25.

Com o registro desta sexta-feira, já são três os incêndios registrados em três dias (média de um por dia) na Grande Belém. Ao todo, somam oito os casos de casas e prédios consumidos pelas chamas em um espaço de dois meses. No total, além de uma loja comercial, incendiada no dia 5 de novembro, 153 pessoas de 52 famílias que moravam em 43 casas foram afetadas pelos incêndios registrados na capital desde setembro. 

Dois desses casos já tinham ocorrido num único dia, na última quarta-feira (14), quando outro incêndio atingiu uma residência no bairro do Telégrafo, no início da noite - após a moradora do imóvel ter esquecido uma vela acesa em casa, na avenida Pedro Álvares Cabral, entre as travessas Manoel Evaristo e Djalma Dutra. Ninguém ficou ferido e as casas próximas não foram atingidas.

Horas antes, pela manhã, na Pedreira, problemas de instalação elétrica já tinham levado a outro sinistro de pequenas proporções. O fogo atingiu dois quartos de uma casa de dois andares de alvenaria na Vila Maria de Fátima, na avenida Pedro Miranda. Não houve vítimas ou feridos na ocorrência. 

TEMPORADA 

Em entrevista coletiva no início do mês, após o início da onda de incêndios, o Comando Geral do Corpo de Bombeiros disse que as causas dos incidentes ainda não haviam sido esclarecidas, pois as perícias ainda estão em andamento.

Um incêndio ocorrido em 6 de novembro, na passagem Rosa Lemos, bairro do Telégrafo, atingiu pelo menos duas casas. Uma delas, de madeira, teve perda total. Na outra, a perda foi parcial.

No Dia de Finados, onze casas foram destruídas por outra ocorrência, que deixou 26 moradores sem abrigo na Vila L, localizada na travessa Timbó, bairro da Pedreira.

No Jurunas, dia 28/10, quase 30 pessoas de 10 famílias foram atingidas por incêndio que destruiu totalmente duas casas e atingiu outras cinco, parcialmente danificadas, na Vila Nova, situada à passagem São Silvestre, entre Carlos de Carvalho e Tabatinga.

Outras vinte 20 casas da Vila da Barca, no Telégrafo, ficaram destruídas pelas chamas na madrugada de 11 para 12 de setembro. Prejuízo para 84 pessoas de 26 famílias. A tragédia completará dois meses no próximo domingo sem que as causas tenham sido elucidadas.

FOGO ALTO

Atualizando os números, por essas últimas ocorrências na Grande Belém, frente ao balanço feito no início de novembro pelo Corpo de Bombeiros do Pará, estima-se que, desde o o início do ano até agora tenham sido registrados 937 incêndios em edificações em todo o estado.

Em novembro, o Corpo de Bombeiros já registrava 3.837 focos de incêndio combatidos, entre edificações, veículos e incêndios em vegetação.

Segundo a corporação, o número geral de ocorrências ainda está abaixo do computado no ano passado, quando 4.106 casos foram registrados no mesmo período em todo o Pará. 

No entanto os casos de incêndios em edificações como habitações e comércios cresceu vertigininosamente em relação ao ano passado, totalizando 795 ocorrências. 

Belém