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Feiras provisórias começam a ser construídas no Guamá, mas alternativa não atende a expectativas

O Mercado da Farinha e o Complexo do Guamá passarão por reformas e os trabalhadores terão que ser realocados para continuar os serviços

Camila Azevedo

A Secretaria Municipal de Economia (Secon) já começou a construção de estruturas para realocar os comerciantes do Mercado da Farinha, uma das feiras de Belém a passar por processo de reforma. Ao longo da rua Barão do Igarapé Miri, já é possível ver a alternativa sendo montada. Porém, os trabalhadores do Complexo do Guamá ainda estão sem um local definido, o que tem gerado transtorno e revolta no local. A Prefeitura afirma que a feira provisória será construída na passagem Mucajás.

Lindomar Sobrinho, de 52 anos, trabalha há mais de 30 anos vendendo frutas no local. Ele é um dos representantes dos feirantes e diz que as condições oferecidas, até o momento, são inviáveis para todos. “A posição que já deram é que vão nos colocar na rua ao lado, só que isso não vai suportar todo mundo, o Mercado é maior que esse espaço, não temos como ir pra lá porque o provisório que eles querem dar não é decente pra gente. Ofereceram um metro para cada um trabalhar, mas ninguém aceitou. Então, estamos procurando reivindicar nossos direitos”, conta.

Outro problema encontrado é a situação do lixo jogado ao redor do Complexo, que, além do mau cheiro, traz riscos de contaminação para os alimentos que ficam expostos ao longo da feira.

Do outro lado da rua, quem trabalha no Mercado da Farinha avalia que a reforma é necessária e muito aguardada. Sebastião Leal comercializa o produto há 20 anos e diz que o prazo dado para o fim das obras foi de oito meses. “Vai ser uma reforma boa que vão fazer aqui, vão tirar esses telhados e deixar como sendo um só, vai ficar uma coisa muito melhor. Disseram que já no início do mês nós vamos sair daqui”, diz.

A Secon informa que as feiras provisórias serão montadas para dar continuidade nas atividades econômicas dos feirantes e no abastecimento da população durante as obras. “A Prefeitura de Belém disponibilizará equipamentos padronizados para que os permissionários possam atuar de forma segura e dentro das regras sanitárias, priorizando espaços próximos aos mercados em reformas”, destaca a pasta.

Sobre a conclusão das obras, o tempo previsto para a entrega do Mercado da Farinha é de oito meses e de doze meses para o Mercado Municipal do Guamá. “As obras de estruturação das feiras provisórias já estão em curso, com previsão de remanejamento dos feirantes para o início de agosto”, finaliza a nota.

Belém