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Excesso no consumo de vitamina D pode causar problemas para a saúde, diz especialista

A hipervitaminose D é gerada pelas altas doses ingestas do nutriente; preocupação dos médicos é com os efeitos dssa quantidade exagerada

Camila Azevedo

A vitamina D ajuda a manter o cálcio nos ossos. Durante a pandemia da covid-19, o consumo deste recurso aumentou como uma forma de adquirir mais imunidade, mas a medida deve ser acompanhada por um especialista, uma vez que os níveis elevados podem causar a hipervitaminose D, situação em que o risco de óbito é presente. A ideia, também, é tida como uma forma de manter a quantidade de cálcio, que estando abaixo dos padrões, pode levar à osteoporose. 

Jean Klay, médico ortopedista, explica que “para que isso aconteça, é necessária uma ingestão muito grande de vitamina D, então se acredita que você precisaria de uma ingestão diária de mais de 10 mil unidades de vitamina D ou, então, o uso prolongado com mais de 4 mil unidades diárias”, afirma.

O problema pode ser silencioso e assintomático, levando a pessoa a um quadro de alterações gastrointestinais, irritabilidade, diminuição do apetite, desidratação e cansaço. "Quanto mais vitamina D eu tenho, mais cálcio eu tenho e esse cálcio acaba indo para lugares que não deveria ir. Então, eu posso começar a apresentar calcificações ao longo do corpo, essa é uma preocupação. E o que seria mais grave, é o aumento do cálcio dentro do sangue, que a gente chama de hipercalcemia”, ressalta o médico. 

Ingestão do nutriente deve ser regrada

A hipervitaminose D ocorre quando o paciente tem mais de 100 nanogramas por mililitros do nutriente. O normal em grandes centros urbanos, de acordo com o ortopedista, é encontrar de 70% a 80% das pessoas possuindo doses abaixo de 20. “É muito importante que as pessoas evitem a automedicação. Existem regras, existem cálculos que você define a partir de uma série de parâmetros. Se você fizer isso de uma forma responsável, não tem porque o paciente desenvolver uma hipervitaminose D, o problema é quando ele começa a usar sem nenhum tipo de orientação”, finaliza Jean.

Belém