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Evento na UFPA promove conversa sobre crimes homofóbicos e racismo

A roda de conversa tem como objetivo a orientação da população sobre as práticas discriminatórias que podem surgir no ambiente universitário

Camila Azevedo

O Pará registrou 172 casos de crimes homofóbicos de janeiro a setembro de 2022. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e mostram, também, que 3 situações de crime de racismo foram contabilizados de janeiro a agosto deste ano. Nesta terça-feira (18), uma roda de conversa para discutir esses dois assuntos e a abrangência deles no campo universitário foi realizada pela Clínica de Atenção à Violência (CAV), da Universidade Federal do Pará (UFPA).

O evento teve apoio do Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento (NTPC). O objetivo é a orientação da população sobre as práticas discriminatórias que podem surgir no ambiente universitário. A ação é uma forma de criar políticas de enfrentamento contra a discriminação. O momento trouxe reflexões sobre a necessidade de aumentar a participação de pessoas negras nos espaços acadêmicos, nos trabalhos, filmes e literatura, além de incluir a comunidade LGBT em todos os ambientes sociais.

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Alexandre Julião, de 23 anos, é advogado e participou da roda de conversa. Segundo ele, a inclusão de pessoas negras nos espaços têm aberto cada vez mais a possibilidade de conversas. “A representatividade por si só, a presença desses corpos, não inibe os casos. Mas a gente vê uma movimentação nos últimos anos em que mais pessoas negras estão entrando e a gente começa a discutir coisas. Ao fazer esse processo de incômodo social, as pessoas vem, lentamente, tendo consciência”, ressalta.

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Porém, a mudança não ocorre somente com as conversas. Alexandre fala que atitudes podem ser transformadoras. “A gente pensa que só o fato de discutir já vai mudar alguma coisa, mas precisamos pegar isso e transformar em atitudes. O que eu imagino é que as pessoas que estiveram aqui, que nos ouviram, possam começar a pensar mais sobre isso e, então, possam conseguir introjetar em si e incidir nos espaços. Eu acredito que é somente com mudanças coletivas e estruturais que a gente pode realmente ter um resultado bom”, finaliza o advogado. 

Serviço

Atendimento para pessoas em situação e violência - oferecido pela Clínica de Atenção à Violência (CAV), da Universidade Federal do Pará (UFPA)
Local:
rua Augusto Corrêa, 1 - altos do bloco L - Campus profissional
Horário: 9h às 12h
Dia: todas as sextas-feiras
Contato: (91) 3201-7273

Programa de empregabilidade e formação LGBTQUIA+
Local:
ICJ - UFPA
Dia: todas as segundas-feiras.

Belém