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Estudante de Belém integra projeto Futuras Cientistas; é a 1ª participação do Norte no programa

História de Luísa é exemplo de inspiração para milhares de jovens paraenses que desejam seguir carreira científica

O Liberal

A aluna do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Médio Pedro Amazonas Pedroso, em Belém, Luísa Gonçalves Moreira, de 16 anos, é uma das estudantes selecionadas, no País, para o projeto Futuras Cientistas, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Ela fará parte dos estudos para o plano de trabalho “Fotografando a Ciência – Ampliando a visão para questões socioambientais da Amazônia".

A iniciativa criada em 2012 estimula o interesse e promove a participação de mulheres professoras e estudantes do ensino médio, nas áreas de ciência e tecnologia, por meio da aproximação a centros tecnológicos e instituições de ensino e pesquisa.

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Esta foi a primeira vez que a Região Norte foi contemplada pelas ações do programa, executado na Universidade Federal do Pará (UFPA), parceira do projeto Futuras Cientistas no Estado. As aulas começaram no dia 6 deste mês de fevereiro e vão até o dia 24 deste mês.

Desde o começo do curso, Luísa e as outras estudantes selecionadas no Pará entraram em contato com a ciência por meio de aulas práticas e experimentos nas aulas de química, física e biologia. Também já tiveram noções de astronomia. As aulas são ministradas pelos próprios professores da UFPA.

"Como estou no terceiro ano do ensino médio, com o projeto pretendo descobrir em qual área da ciência me identifico mais para seguir numa carreira dentro dessa área. O projeto está me despertando para várias linhas na ciência", completa ela.

 

Sobre o projeto

As alunas e professoras do Brasil foram selecionadas por meio de um edital publicado em 2022 em um processo seletivo super concorrido do Futuras Cientistas, que levou em conta a análise do boletim escolar das alunas do 2º ano do ensino médio em relação às disciplinas de biologia, química, física e matemática. Foram ofertadas 470 vagas nas 27 unidades da federação, e uma delas foi conquistada pela Luísa.

"Já é uma vitória imensa, pois isso começa a instituir na escola a movimentação da importância da participação da família, da importância de participação em projetos e olimpíadas científicas, além da importância dos nossos colegas professores a utilizarem o boletim on-line para o lançamento de notas. É muito gratificante ver nossa aluna, ainda no ensino médio, já com o pé na universidade, fazer parte do projeto. Hoje uma palavra que define o meu sentimento como professora é: gratidão. Apesar da constante desvalorização da educação brasileira, ainda é possível estimularmos nossos estudantes através do conhecimento científico", disse ela.

Todas as participantes selecionadas pelo Brasil recebem brindes exclusivos e bolsa-auxílio de R$483, além de vivenciar a experiência de fazer ciência. O Futuras Cientistas é um programa do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE) que estimula o contato de alunas e professoras da rede pública de ensino com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática que conta com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) a fim de contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional.

“O projeto é de suma importância para Escola Pedro Amazonas Pedroso porque sabemos que nossos alunos, que são oriundos de várias demandas sociais, de várias áreas de Belém, sempre estão primando por espaço e condições de aprendizagem, então essa iniciativa nos permite que os alunos tenham novas visões e perspectivas para esse processo de aprendizagem. Esse projeto é muito importante para nossas alunas porque elas percebem que além da sala de aula, do contexto pedagógico, temos outras perspectivas”, finaliza Elizabete Aguiar, diretora da Escola Pedro Amazonas Pedroso.

Belém