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Enem 2023: raciocínio lógico e resolução de exercícios são aliados na prova de matemática; vídeo

A área do conhecimento é o temor de muitos estudantes, já que precisam resolver várias questões de cálculos em poucas horas de prova

Gabriel Pires

Raciocínio lógico e prática estão entre as principais habilidades para alcançar um bom resultado na prova de Matemática e suas tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A área do conhecimento é o temor de muitos estudantes, já que precisam resolver várias questões de cálculos em poucas horas de prova. Já para outros candidatos, lidar com a matéria de exatas é um grande desafio por pouca afinidade com a disciplina. No entanto, professores listam técnicas e dicas para ter um resultado satisfatório na prova.

A prova de Matemática no Enem é composta por 45 itens, motivo que traz um grande peso ao exame. Para uma boa preparação, o professor de matemática Danilo Pedreira, de Belém, chama atenção para alguns conteúdos que mais podem ser vistos durante a prova e que devem ser estudados com cautela durante o ano. “São cerca de, aproximadamente, 24% da prova composta de grandezas proporcionais, que é regra de três simples, regras de três composta, relação de grandezas. Em sequência, vem geometria espacial, geometria plana”, indicou Danilo.

“Mas nós temos também algumas questões clássicas que todo ano vão estar presentes na prova e dificilmente vão ficar de fora. Como por exemplo uma questão de análise combinatória, questão de média, probabilidade, inclusive algumas vindo até em outras áreas do conhecimento, como a gente teve a última edição do Enem a parte de escala vindo na prova de geografia”, listou o professor.

image Professor Danilo Pedreira: assuntos menos complexos devem ser a prioridade durante os estudos. (Thiago Gomes / O Liberal)

O professor de matemática Marcelo Lobato, de Belém, também lembra de demais competências e habilidades que são cobradas com maior regularidade no exame: “O primeiro deles é a proporcionalidade: a ideia de proporção, razão e proporção, proporção no gráfico, proporção na área, proporção nas figuras, proporção no dia a dia. O segundo é a matemática financeira: juros, porcentagem, investimento, desconto”, detalhou Marcelo sobre os principais assuntos. 

Ainda segundo Marcelo, conteúdos voltados à proporção também devem possuir um certo foco entre os estudantes.”A gente trabalha, então, área, volume, identificação, projeção ortogonal. E, fechando essa ideia, a gente teria então a estatística com a probabilidade, ou seja, então aí os quatro grandes eixos. Mas se ele [o aluno] estudar esses quatro grandes eixos, ele já pegou aí mais da metade da prova”, listou o professor.

Resolução de exercícios garante maior desempenho

Danilo Pedreira também reforça que a prática é primordial para o aluno, pois é o fator que trará ao candidato a possibilidade de gerenciar o tempo com maior facilidade durante a prova. “A gente trabalha com uma prova que dura cerca de 2 horas e 15 minutos para ser realizada, se a gente dividir o tempo igualmente com a prova de ciências da natureza. Isso dá cerca de três minutos por questão”, destacou Danilo.

Durante a rotina de estudos, priorizar conteúdos considerados mais “fáceis” também é uma das estratégias em meio à preparação. “O aluno deve estudar, progressivamente, sempre do mais básico ao mais difícil. Um exemplo: se o aluno vai estudar geometria espacial, ele só deve começar a estudar geometria espacial após estudar geometria plana, que é um assunto base. Ter essa organização aí ela é essencial para um bom desempenho no exame”, indicou o professor.

“Uma estratégia para quem tem dificuldades com cálculo seria primeiro fortalecer a matemática básica. Isso é essencial para com assuntos de um nível de dificuldade maior. Fortalecer ali conversão de medidas, transformar metro para centímetro, metro cúbico para litro. Fortalecendo essa base matemática, as quatro operações básicas, eu consigo ter um desempenho melhor em assuntos que requerem um pouco mais de conhecimento”, explicou Danilo.

Rotina de estudos

O professor Marcelo indica que os alunos devem reservar, pelo menos, de 3 a 4 horas de estudos voltadas à matemática. Realizar provas anteriores e simulados estilo Enem também estão entre as principais alternativas na hora de se preparar para o exame. Marcelo cita também que “perceber” a matemática no dia a dia contribui para um melhor processo de aprendizagem da disciplina.

“A matemática tem uma aplicabilidade muito grande no dia a dia. Então, não adianta mais decorar fórmulas, macetes, decorar mil estruturas algébricas. O que o aluno precisa hoje, mais do que saber a fórmula, é ter o entendimento no dia a dia daquela aplicação. Como é que a função acontece no nosso dia dia. Como é que a trigonometria está presente no nosso dia a dia. O aluno precisa buscar livros, professores e orientações que o façam perceber essa matemática aplicada ao dia a dia”, explicou Marcelo.

Mais do que compreender e saber solucionar os itens com base nos conteúdos estudados, o raciocínio lógico precisa ser exercitado durante o processo de estudos, como aponta o professor Danilo. “O essencial seria que durante a preparação o aluno esquecesse a calculadora, porque quando eu esqueço a calculadora, eu tenho prática na hora de fazer aí umas continhas e acabar ganhando agilidade”, pontuou Danilo.

Dicas para estudar Matemática e suas tecnologias

  • Estudar entre 3 e 4 horas por dia;
  • Priorizar os conteúdos dos mais fácil para o mais difícil durante os estudos;
  • Realizar simulados estilo Enem e provas anteriores;
  • Fortalecer conteúdos de matemática básica;
  • Evitar o uso da calculadora para realizar os cálculos.

Fonte: Danilo Pedreira e Marcelo Lobato (professores de matemática)

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

Belém