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Empresários da educação e Prefeitura de Belém não chegam a entendimento

Após reunião que não teve novas propostas e nem respostas, por enquanto a suspensão das aulas na capital segue até dia 30 deste mês

Victor Furtado

Após uma manifestação de empresários da educação e transportadores escolares, ainda nesta terça (3), a Prefeitura de Belém recebeu uma comissão de representantes da educação privada. Após o encontro, o executivo municipal informou que os empresários apresentaram propostas. Do outro lado, o comentário é de que não houve propostas, mas sim questionamentos estatísticos. Diante da falta de entendimento, o certo é que as aulas na capital, tanto na rede pública quanto na rede particular, seguem suspensas, no mínimo, até 30 de novembro.

Em nota, a Prefeitura de Belém informou que "A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) recebeu, no final da manhã desta terça-feira (3), uma comissão do sindicato das escolas particulares de Belém, a fim de apresentar dados epidemiológicos técnicos referentes ao número de casos da covid-19 no município. No ato, foram apresentadas sugestões por parte da comissão, que vão passar pela análise da equipe da epidemiologia e do prefeito de Belém".

Essas propostas, disse a prefeitura, seriam a "comunicação imediata no caso de confirmação da doença às autoridades; esquema de rodízio da entrada e saída da escola; sala de acolhimento" e outros protocolos mínimos exigidos. E que, mesmo assim, mostraram casos de contaminação em algumas escolas particulares, incluindo unidades elitizadas.

Marcelo Ferreira, presidente da União das Escolas do Pará (Unesc-PA), afirma que no encontro com a prefeitura, a entidade, que representa 52 estabelecimentos particulares de ensino, não apresentou propostas, mas sim questionamentos. Os questionamentos foram os mesmos que constam num ofício, enviado à Prefeitura de Belém, no dia 30 de setembro, dia seguinte da publicação do decreto municipal 97.653/2020, que suspendeu as aulas e estabeleceu novas regras de combate à covid-19.

No documento da Unesc, havia questionamentos sobre número de casos, taxa de contágio, fiscalizações e notificações, comparando as redes pública e privada. Marcelo Ferreira garante que luta pela volta às aulas em todo o Estado, tanto públicas quanto privadas, com os mesmos protocolos de segurança contra covid-19 que foram exigidos aos empresários da educação.

"Só nos mostraram dados gerais, que nada têm a ver com educação. Por que faculdades seguem abertas então? Tudo é muito pontual ou generalizado. Não dá para dizer que houve aumento de casos relacionado a escolas", questionou o presidente da Unesc. A Prefeitura de Belém ficou de responder, de forma detalhada, o ofício da entidade das escolas particulares e os mesmo questionamentos feitos pela redação integrada de O Liberal.

Belém