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Dia do Veganismo: prática envolve a preservação animal e precisa de cuidados na alimentação

A data é celebrada nesta terça; especialista lista compostos necessários para a saúde e como substituí-los na dieta vegana

Camila Azevedo / Eduardo Rocha

O Dia Mundial do Veganismo é celebrado nesta terça-feira (01) e marca um estilo de vida que busca excluir a exploração cruel de animais em alimentos, vestuário, cosméticos, jóias, artigos de limpeza e outros. Dados do Instituto Ipsos mostram que 28% dos brasileiros estão buscando comer menores quantidades de carne no dia a dia, porém, para manter a saúde e garantir a ingestão dos nutrientes fundamentais para o corpo humano, é necessário ter um cuidado especial voltado para a reposição dessas fontes. 

A data é comemorada desde 1994 em alusão ao 50º aniversário de fundação da The Vegan Society, instituição da Inglaterra e a mais antiga do mundo nesse segmento. Dentre os alimentos que não são indicados para consumo no veganismo, todos os tipos de carnes, laticínios, ovos, mel e qualquer produto de origem animal, que cause algum sofrimento a eles, então entre os mais elencados. Roupas - como o couro -, rodeios, circos, itens de higiene, enfim, tudo que envolva a participação de animais também não são consumidos.

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De 16 para 18 anos, Lorena decidiu não comer mais nada de origem animal e enfrentou preconceito com relação a essa atitude. Mas, seguiu em frente. Ela lembra que depois do aniversário de 18 anos adotou de vez essa postura para a vida. Ela passou a ter uma visão não apenas de poupar os animais, mas, sim, um olhar vegano amplo, político, com foco no impacto ambiental, abrangendo o transporte mediante combustível fóssil em relação ao aumento do aquecimento global, a preocupação e o aprendizado com os povos indígenas e outros aspectos.

Ela observou que o problema "é como se consome a carne em um ambiente urbano", ou seja, o ciclo produtivo dese produto que implica em danos estruturais em ecossistemas envolvendo animais e o meio ambiente como um todo.

Lorena conta que, ao se tornar vegana, passou a se sentir uma pessoa mais disposta, em contraste com aquela anterior, que comia muito. "A minha alimentação ficou muito mais plural, passei a comer coisas que se eu não fosse vegana nunca comeria, e isso é importante. Antes, eu era muito "eu", a minha bolha, e, junto também com a universidade, fiz conexões com outras pessoas", destaca. Ele revela que no começo se consultava com uma nutricionista com relação à alimentação, e agora, procura manter uma alimentação equilibrada, uma dieta balanceada, envolvendo comidas ricas em nutrientes.

A jovem observa que a proteína animal pode ser substituída pela proteína de soja em receitas tradicionais. "Mas, nutricionalmente falando, o que eu comi na maior parte desses seis anos era arroz e feijão. O meu prato em todo almoço era uma pratada de arroz e feijão, porque justamente a combinação do arroz e do feijão, que é um cereal, e uma leguminosa, tem as proteínas essenciais para o nosso organismo", completa.

Belém