Celebrado nesta sexta-feira (26/01), o Dia Mundial da Educação Ambiental, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975, promove a conscientização sobre a proteção ambiental por meio da educação. No Pará, essa temática ganha maior força a partir do dia 29 de janeiro, quando Secretaria de Estado de Educação (Seduc) passar a ofertar o componente curricular com temática em Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima para toda a educação básica de forma obrigatória na rede estadual e, por adesão, pelas redes municipais.
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O coordenador também defende que a preocupação com a preservação do meio ambiente não deve ser discutida somente no Dia Mundial da Educação Ambiental, mas deve ser um processo de discussões e ações desenvolvidas pela escola. “Logicamente devemos pensar que esse momento não será um momento único, no processo todo, por exemplo, de um ano letivo, ele pode ser uma culminância que pode, de repente, até trazer as boas práticas que vem sendo desenvolvidas. Precisamos, sim, que esse momento de reflexão e de ações se torne rotineiro em todo processo escolar”, pondera.
Multiplicadores no futuro
Criar uma conscientização na geração mais jovem é um processo que poderia ser transformador para a sociedade que está em um processo de formação de construção da sua cidadania, conforme afirmou o professor Mauro Tavares. “Entendemos que, de maneira alguma, podemos deixá-los para trás, na verdade, não podemos deixar ninguém para traz, pensando no jovem em todos os seus contextos, em todas as suas realidades diferentes, indiferentemente se ele está em um espaço urbano, se ele está em um espaço rural, em um espaço quilombola, em um espaço indígena, em um espaço ribeirinho ou se é na periferia dos centros urbanos, precisamos olhar para todos esses jovens e, logicamente, com apoio e mobilização e trazendo o protagonismo para eles, a gente consiga ter êxito nesse processo de transformação de uma sociedade mais sustentável."
Em meio a tantas projeções, Mauro Tavares revela quais são as expectativas da inserção da disciplina no dia a dia dos alunos. “Logicamente, nós como educadores que estamos nesse processo de formação de cidadão das nossas crianças e dos nossos jovens, a gente espera, logicamente, que a educação ambiental atinja toda a comunidade, em toda sua faixa etária, toda a comunidade escolar, mas logicamente, devemos ter uma atenção especial para as crianças, porque elas serão os nossos multiplicadores no futuro”, afirma.
Responsabilidade com pouca idade
Em Belém, a universitária Allana Cordeiro, mãe da Ana Flor Cordeiro, de 3 anos, conta quais medidas adotou desde cedo para que sua filha pudesse criar sua própria consciência ambiental. “Bom, durante todo o desenvolvimento da Flor, já fazemos com que ela acumule valores e ideais. Por isso, compartilhamos com ela a importância de cuidar do meio ambiente, sendo exemplos de ações de preservação e respeito com o nosso planeta. Ensinamos de onde vem a água e como é ruim para o planeta quando a desperdiçamos. Regamos as plantas à noite ou de manhã bem cedo, para aproveitar melhor a água, já que a evaporação é menor. Mostramos que toda comida que sobra acaba virando lixo, e contamos que os aterros são áreas de grande contaminação. Assim, resolvemos dois problemas com um ensinamento só: preservação do meio ambiente e incentivando ela a comer tudo. Criamos momento de desapego, selecionando roupas e brinquedos para doação”, explica.
Em busca de tentar aprender um pouco mais sobre a preservação do meio ambiente, Allana exercita repensando seu papel de consumidora. “Estamos aprendendo ainda a consumir menos, comprar menos, consumir só o necessário mesmo. Sempre nos perguntando: Eu realmente preciso disso? Porque sabemos que a produção exagerada de produtos ocasiona a exploração de nossos recursos de maneira descontrolada”, diz.
Outra alternativa estimulada em Ana Flor é a criação do senso de responsabilidade sobre as plantas e os animais em casa, visando entender como é possível contribuir para a preservação do meio ambiente. “Tendo um bichinho de estimação e sendo "responsável" por ele, ela tem uma gatinha que ela mesma escolheu o nome é a Mel, é claro que a gente supervisiona, além disso, ela ajuda nos cuidados com as plantinhas que temos em casa, cultivamos plantinhas medicinais, ensinamos e estimulamos esse cuidado e contato com a natureza sem sair de casa”, finaliza Allana.