Dezesseis pessoas são detidas por crime contra a fauna silvestre; aves custam quase R$ 2 milhões
Operação do Batalhão de Polícia Ambiental ocorreu na manhã deste domingo (26) no Curuçambá, em Ananindeua
Dezesseis pessoas foram detidas na manhã deste domingo, 26, em Ananindeua, por crime contra a fauna silvestre. Ao todo, foram apreendidos 19 pássaros - 18 curiós e uma patativa. O caso foi apresentado na Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa). Cada ave pode ser vendida por até R$ 100 mil. O montante apreendido pode ser estimado em R$ 1.900.000.
De acordo com informações do 1º tenente do BPA (Batalhão de Polícia Ambiental), Fagner Batista, a operação se deu após denúncia via 181, por uma pessoa que flagrou a quantidade de gaiolas e achou a movimentação estranha. A guarnição deflagrou a operação às 5h da manhã:
"[A denúncia dizia que] havia várias pessoas em uma área popularmente conhecida como 'Área da Federal', no Curuçambá, com várias gaiolas de passarinhos. Em torno de 18 gaiolas de curió e uma de patativa. Todas foram apresentadas aqui na delegacia especializada, a Demapa", informa o tenente.
Dezenove gaiolas foram apreendidas em operação da Polícia Ambiental. (Divulgação / BPA)
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O militar comenta que esse tipo de crime e denúncia são comuns na região e informa que o que leva a maioria das pessoas a cometerem o comércio ilegal desse tipo de ave é o valor estimado por cada animal: "Uma ave como o curió pode ser vendida por até 100 mil reais e grande parte das pessoas praticam comércio ilegal, não tem documentação, não são anilhados. É importante saber que, quando alguém quiser ter uma ave como essa, o faça por meio legal, por um criadouro legalizado, fiscalizado, com toda a sua documentação"
O 1º tenente Fagner também orienta que a população denuncie esse tipo de prática através do 190 ou do 181: "Nós, do BPA, faremos a averiguação dessa denúncia. As pessoas que estão cometendo um crime ambiental previsto no artigo 29, da lei 9.605 da Lei de Crimes Ambientais, que diz que ter a posse e vender, criar sem a devida documentação legal do órgão competente está cometendo crime com detenção de seis meses a um ano".
Os 16 detidos na operação foram apresentados na Demapa e aguardavam o momento para prestar esclarecimentos à delegada de plantão, Vera Batista.
Pessoas não estavam vendendo, mas passarinhando, diz Polícia Civil
A Polícia Civil, por meio da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (DEMAPA), informa que autuou 16 pessoas por crime contra a fauna silvestre. Ao todo, 19 pássaros - 18 curiós e uma patativa - foram apreendidos. Os animais serão submetidos à perícia e, somente após as orientações do médico veterinário, serão feitas as destinações de cada um deles.
A Polícia esclarece que as pessoas detidas não estavam vendendo - estavam “passarinhando”. E foram apresentadas por não terem autorização ambiental para possuírem as aves. As após as formalidades legais, as pessoas foram liberadas.