Defensoria Pública promove ação social para moradores de rua
Pessoas em situação de rua receberam diversos serviços, além de doações em roupas
A Defensoria Pública do Estado do Pará promoveu na tarde desta segunda-feira, 10, uma ação para celebrar os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. As atividades foram voltadas para pessoas em situação de rua e foram desenvolvidas na Praça do Relógio, do complexo do Ver-o-Peso, em Belém. Foram atendidos cerca de 400 moradores de rua.
Encaminhamento para expedição de documentos e orientações jurídicas foram alguns dos serviços ofertados, além da doação de roupas e materiais de higiene e distribuição de alimento. Os donativos foram arrecadados durante campanha interna feita pelos funcionários da Defensoria. A ação prossegue nesta terça-feira, 11, quando as pessoas que foram atendidas serão acompanhadas pelos servidores da Defensoria até os órgãos responsáveis para emissão dos documentos solicitados. A ação contou com a parceria da Polícia Civil e Ministério Regional do Trabalho.
A defensora pública geral do órgão, Jeniffer de Barros Rodrigues, afirma que os objetivos da ação é promover cidadania, dar orientações e chamar a atenção da sociedade civil para as pessoas que moram nas ruas e os problemas que elas enfrentam. "Promovemos a ação para mostrar que estamos com elas e que a Defensoria é o instrumento de defesa dos seus direitos. Em 2019 vamos iniciar um programa de trabalho no Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria, para ampliar as ações e dar suporte intenso para essas pessoas", afirmou.
De acordo com Juliana Oliveira, coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e Ações Estratégicas da Defensoria, a população em situação de rua é a que mais precisa dos serviços da Defensoria Pública e não consegue ter acesso. "Notamos que há um aumento da pobreza e da população que não consegue ter acesso à moradia digna, por isso optamos por levar cidadania para essa parcela da população por meio dessa atividade de inclusão", explicou.
Um dos organizadores do evento, Wladimir Koenig, sub-defensor geral do Estado, afirma que a ação contou também com representantes do Núcleo de Atendimento Especializado da Mulher (Naem) da Defensoria. "A situação das mulheres em condição de rua é ainda mais difícil. Elas são vítimas de violência, sofrem com relacionamentos abusivos ou tentam fugir deles e precisam de um atendimento diferenciado. Queremos tirá-las da invisibilidade, lutar pelos direitos de todas", contou.
Jackson Ferreira, 22 anos, morador de rua há 12; e Maria de Melo, 48, na mesma situação há cinco anos. Ambos são abrigados em Centros de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua, conhecidos como POPS, na região metropolitana de Belém. Os dois aproveitaram a ação da Defensoria para acessar documentos. "Sempre aproveito quando acontece essas ações. Eu acho ótimo porque é uma ajuda que nós precisamos", diz Jackson.