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Conheça o projeto ‘Barca Literária’ que leva acesso à leitura às crianças do bairro do Telégrafo

Ao todo, são 20 adolescentes em formação de lideranças protagonistas e 60 crianças participando das atividades em dias destinados no projeto

Amanda Martins

Em Belém, um projeto localizado nas palafitas da comunidade ribeirinha Vila da Barca, no bairro do Telégrafo, tem levado acesso à leitura a crianças e adolescentes, por meio de ações voluntárias, que buscam não apenas aproximar a população dos livros, mas fazer com que sintam-se pertencidos ao território, iniciando uma grande transformação social que começa pela educação

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Para conseguir ter bom êxito nisso, a diretora do projeto diz que é muito importante fortalecer o socioemocional desde criança, para que quando ela cresça faça escolhas positivas.   O público alvo da Barca Literária são meninos e meninas de 6 a 18 anos moradores da Vila da Barca. 

As atividades do projeto se resumem em contações de histórias e iniciação à leitura para adolescentes, que são incentivados a ensinar os menores. Também são desenvolvidas apresentações culturais, cortejos, empréstimo de livros e recreação, assim como formação de lideranças adolescentes. 

Gisele também explica que são trabalhados grupos de alfabetização não formal, leituras ao ar livre na casinha da Barca com atividades de mediação de leitura, reforço emocional com psicólogas, e às últimas sexta-feiras do mês, o território é ocupado com lona no chão e as atividades são abertas para quem chegar.

“O projeto vem com essa proposta educacional de trazer oportunidades dentro do território, valorizar as pessoas que estão no território, ter a escuta, afeto  fazendo processo de apoio social, para que a gente consiga enxergar e ver resultados onde eles estejam”, explicou.


Ao todo, são 20 adolescentes em formação de lideranças protagonistas e 60 crianças participando das atividades em dias destinados. Segundo Gisele, é maravilhoso poder levar para o território comunitário livros físicos, o “toque e folhear” deles, entendendo como foram escritos e conhecendo quais foram os autores.

“Trabalhamos muito com ancestralidade indigena e negra, valorizando os escritores de onde eles vieram, uma realidade muito parecida com a nossa de periferia”, complementou a coordenadora.

Gisele reforça o quanto é importante essas crianças e adolescentes levarem os livros para a casa, porque acabam também incentivando os pais a gostarem de ler.

 “Os pais e responsáveis que caminham junto com a gente, muitos deles não tiveram oportunidade, e a criança despertou essa curiosidade ao levar o livro, causando o início de uma revolução”, concluiu.

 

Belém