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Conheça 'Lula' e 'Dilma', os porcos de estimação que pararam a web essa semana

Um dos porquinhos viralizou após andar de moto por Belém

Dilson Pimentel/ O Liberal

Essa semana viralizou nas redes sociais, em Belém, o vídeo de uma mulher transportando um porco em uma motocicleta. Esse fato trouxe à tona a importância de se adotar certos cuidados para quem cria porcos como animais de estimação. Tallissa Cordeiro da Silva, 26 anos, foi filmada no momento em que procurava atendimento veterinário para o animal, batizado de “Lula”. O cantor paraense Afonso Cappelo, que participou do The Voice, também cria um e tem até um Instagram para o seu: “Baby, um porquinho sapeca”.

Morando no Guamá, Tallissa cria dois em casa. A primeira a chegar foi uma porca, batizada de “Dilma”. Depois, e como ela se sentiu sozinha, veio o porco, que, também com um mês de vida, ganhou o nome de Lula. Não há uma razão específica para a escolha dos nomes. “Do nada, colocamos esses nomes. Foi do nada. E, se chamar pelo nome, eles olham”, disse.

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O cantor Afonso Cappelo tem um mini porco, o Baby, há quase dois anos. “É um mini pig. Peguei de um criadouro. Ele tinha uns cinco meses. Já era grandinho. Eles são mais inteligentes que os cachorros”, disse. A dieta basicamente é à base de frutas, verduras e legumes. Baby também come um pouco de carne. O porquinho tem um cantinho pra ele.  “Ele é um pouco agitado. Como já o peguei um pouco grande, ele é muito receoso com as pessoas. Ele não morde, mas é ‘fujão’. Ele não é muito de contato, é mais com quem ele conhece. Mas ele é muito tranquilo”, disse.

O porquinho também se dá bem com outros animais, com os quais não briga. Passei na coleira dele. “Por causa do calor, evito deixar ele muito exposto ao sol, porque a pele dele é muito sensível. É bem parecida com a nossa”, contou, dizendo que é preciso ter um espaço grande para o Baby.

Porquinhos devem ser criados como pets e não como animais de produção, diz médica veterinária

A médica veterinária Ellen Eguchi, especialista em animais silvestres, disse que esses porquinhos devem ser tratados como pets e não como animais de produção. Segunda ela, o mito de que que porco come qualquer coisa faz com que aconteçam acidentes com os animais.

No caso do porquinho “Lula”, a suspeita clínica é que ele tenha ingerido um osso de galinha. E, como ele não mastiga tão bem quanto um animal herbívoro (que se alimenta de folhas, por exemplo), pode ser que tenha engolido esse osso de uma “maneira grosseira”, que pode, inclusive, estar perfurando o sistema trato gastroinstestinal dele.

“O ideal é que esse animal tenha o espaço dele na casa. Ao contrário do que muitos acham, os suínos são animais higiênicos. E quem vai dar esses hábitos para eles são os donos”, disse. Também é necessário que haja acompanhamento para saber se a dieta dele é a adequada. E a realização de exames períodos, além de se acompanhar o crescimento do bicho. Eles também devem ser vacinados contra leptospirose, raiva, erisipela, tétano.

As pessoas que criam porcos como pet criam o mini pig e acham que eles ficam mini a vida inteira. Só que eles crescem e chegam a pesar até 50 quilos. “Assim como os cachorros, eles são bem sociáveis e precisam de lugar para correr, se divertir”, diz a médica veterinária Ellen Eguchi. Os suínos têm a pele rosadinha, bem sensível, e é preciso ter cuidado com a exposição solar diária deles. Eles precisam estar protegidos do sol. E podem se alimentar de frutas, verduras, proteínas. Mas há ração suína balanceada. “O ideal é que comam ração para suíno”, disse.

Belém