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Ciclo da Borracha impulsionou reformas que transformaram Belém

Gestão do intendente Antônio Lemos investiu em mudanças radicais na paisagem urbana da cidade

Victor Furtado, Redação Integrada

Foi ainda na época da borracha e com o dinheiro que esse ciclo gerou, apesar de não ter sido tanta riqueza quanto se imagina, que o intendente Antônio Lemos começou a promover algumas reformas urbanas na capital paraense. Ele era um amante de Paris. Sonhava com uma "Paris n'América" (o mesmo nome de uma tradicional loja de tecidos, no Centro Comercial de Belém).

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A estrada de Nazaré então virou avenida Nazaré, num formato de via mais larga. Para embelezar a cidade e conter o clima, importou as mangueiras, que não eram nativas da região, mas que se adaptaram. Eram árvores altas o bastante para gerar sombra. Criou o bonde elétrico, um dos primeiros do Brasil. O CAN e o Arraial de Nazaré foram construídos.

No século XX iniciou o processo de verticalização do bairro. Foi o momento em que se ergueu a torre mais alta da Amazônia e com o que se tinha de mais moderno na arquitetura: o edifício Manoel Pinto da Silva. Foi construído justamente no início da avenida Nazaré. Era mais um experimento de desenvolvimento no bairro de Nazaré. A partir dele, vários outros começaram a surgir entre os anos de 1960 e 1980.

"Nazaré é um bairro importante e emblemático de Belém. Historicamente, é um bairro residencial, de população de alto padrão aquisitivo. Possui algumas atividades comerciais e de serviços. Tem uma dinâmica de movimentação todo o ano, mas os 15 dias da festa de Nazaré são o que mais movimentam. Muita coisa dos estudos do bairro estão soltas", diz Goretti, ressaltando a necessidade de preservação da memória.

 

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