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Carros na calçada dificultam a vida de pedestres

Infração é considerada grave e pode gerar multa de R$195 reais, mas fiscalizou foi reduzida em Belém por conta da pandemia

Eduardo Laviano

O desafio de ser pedestre em Belém segue sendo ainda mais dificultado pelos carros estacionados nas calçadas, que, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é uma infração grave, com multa de R$195,23.

No momento, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém não está guinchando os carros em situação irregular pelas calçadas da cidade. 

Segundo o órgão, o motivo é a pandemia de coronavírus e de ajustes que precisam ser feitos no método de fiscalização e apreensão.

Desde que as medidas de redução da fiscalização entraram em vigor, a capital paraense se tornou um prato cheio para que condutores estacionem os veículos na calçada - impedindo o ir e vir de pedestres, que se colocam em risco caminhando por ciclofaixas e pela pista para driblar os automóveis.

Broni afirmou que, nesta semana, uma nova campanha de conscientização estará nas travessas Lomas Valentinas e na Angustura, com o objetivo de educar os motoristas sobre coisas que eles já aprenderam na autoescola, como o artigo 29 do CTB, que afirma que “o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento”.

As áreas especiais de estacionamento estão no radar da Semob. Sob o apelido de Zona Azul, o estacionamento rotativo é um sistema que regulariza estacionamento nas vias públicas, com limite de tempo e cobrança pelo uso.


Roberto afirmou que o projeto ainda depende de um estudo e que será implantado primeiro um piloto, para que se possa obter um levantamento de vagas disponíveis e condições de trânsito no local.

Com a cidade tomada por carros, Broni afirma que a administração municipal quer priorizar os ciclistas para tentar reverter o quadro.

"Mas isso não quer dizer que abandonaremos os outros modais. Nossa outra prioridade é a melhoria do transporte público. Estamos falando em espaço para ciclistas, melhoria na fluidez do trânsito. Se há um transporte público funcionando adequadamente, menos pessoas usam carros", garante ele.

A reportagem de O Liberal não foi atendida, em três tentativas, nos telefones que a Semob disponibiliza para denúncias de trânsito. Broni explica que, atualmente, o Twitter tem funcionado melhor para a Superintendência.

"Os canais da Semob estão funcionando normalmente, mas a demanda é muito grande. O atendimento ao usuário demora um pouco. Estamos usando uma ferramenta mais dinâmica, que é o Twitter. Lá conseguimos dar um retorno mais rápido, em questão de 20 a 30 minutos", afirma.

Broni também destacou que a Semob não pretende usar o Whats App para receber denúncias e fotos, apesar do aplicativo ser o mais usado no Brasil: são 120 milhões de usuários estimados contra 27 milhões do Twitter, o 17º colocado da lista.

"Se usássemos [o Whats App], isso tiraria o foco do Twitter. As pessoas mais velhas ou que não são tão tuiteiras podem usar os telefones da Semob", aconselha.

Além de compartilhar as atuações realizadas ao longo do dia, a Semob também usa o Twitter para colher informações com os cidadãos. Até às 17h20 desta terça-feira (23), o órgão havia respondido 24 tuítes de denúncias, todas feitas nas últimas 24 horas. 

Belém