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Câncer de mama: homens também são afetados, ainda que em menor escala; saiba os cuidados

A condição chamada ginecomastia, conhecida como a presença de glândulas mamárias, é fator de alerta para que homens procurem uma boa rotina de exames

Camila Azevedo

Um em cada cem casos de câncer de mama são diagnosticados em homens no Brasil. A estimativa, que corresponde a 1% dos registros totais, é do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em geral, não há necessidade de cuidados especiais, os mesmos adotados por mulheres, uma vez que a mama masculina é praticamente atrofiada e imperceptível. Porém, especialistas fazem um alerta para quem desenvolve a chamada ginecomastia, conhecida como a presença do tecido mamário no corpo masculino: ter rotina de exames é fundamental.

Qualquer alteração em uma mama atrofiada é fácil de ser detectada. Mas, a mesma situação não ocorre quando homens têm ginecomastia. Ilcioni Pereira, médico mastologista, explica que, nesses casos, o rastreio deve começar em uma idade definida. “Nos que têm mama desenvolvida, é preciso fazer mamografia a partir do autoexame. Geralmente, o homem, quando tem a mama, o que ele mais pretende é a cirurgia estética, a retirada dessa glândula mamária, mesmo sem tumor. Quem não faz a retirada por estética, precisa ter os mesmo cuidados que a mulher, a partir dos 40 anos”, afirma o especialista.

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Nódulo na puberdade não é sinal de câncer

Durante as mudanças hormonais que acontecem em meninos, geralmente entre os 12 e os 15 anos, casos de aparecimento de um ‘broto mamário’ podem ser realidade. O mastologista ressalta que a situação não é motivo para pânico e pode facilmente ser revertida sem intervenção médica. “Normalmente, ele surge no garoto na fase escolar. É o momento em que ele geralmente sente, ao palpar, o nódulo. Os pais trazem para que a gente possa avaliar se é alguma coisa, mas é só o broto em virtude da confusão hormonal que acontece nesse período”, completa. 

O momento é de mudanças na voz, surgimento de pelos pubianos, axilares e faciais, junto com o aumento do pênis e testículos. “Passando essa fase de maturação do aparelho endócrino, esse broto regride. A permanência dele seria ação estrogênica, como o testículo passa a produzir hormônio masculino, principalmente a testosterona, ele combate a ação do estrogênio e o broto mamário que seria persistente, regride, atrofia, não aparece mais. Não há necessidade de intervenção médica. A gente precisa tranquilizar as famílias que aquilo vai desaparecer” finaliza Ilcioni.

Belém