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Caminhões na Cidade Velha: Semob fiscaliza trânsito de veículos pesados no centro histórico

A ação iniciou na última quarta (6) e seguirá em outros bairros da capital até o final do ano. Depois disso, a Semob adianta que não restará outro caminho a não ser multa.

Gabriel Pires

O trânsito de caminhões pela área do Centro Histórico de Belém é proibida desde 2011, de acordo com o Decreto Municipal nº 66.368/2011. Mesmo assim, é comum flagrar um veículo de carga trafegando pelas vias da Cidade Velha, o que vinha preocupando ativistas pela preservação do patrimônio histórico e a própria prefeitura.

Por essa razão, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) iniciou na última quarta-feira (6) uma campanha de orientação sobre o controle de pesagem de caminhões. Os agentes de trânsito mantêm fiscalização regular de carga e descarga no centro histórico, com veículos de transporte de carga superior a 5.500 kg (3/4) na área. 

A campanha de orientação será realizada até o final do ano, como informa a Semob. Após esse período, a fiscalização dos caminhões deve ser intensificada, conforme explica o órgão, em nota enviada à Redação Integrada de O Liberal. Outra medida é o monitoramento dos horários estabelecidos pelo decreto municipal, que restringe a entrada e circulação de veículos rodoviários de carga em Belém.

Ainda segundo a Semob, o excesso de peso é considerado infração de natureza média, prevista no artigo 231, inciso V,  do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A punição resulta em multa no valor de R$ 130,16 e retenção do veículo para o transbordo da carga excedente. 

Além das ruas da Cidade Velha, as ações serão intensificadas com fiscalizações em vias que possuem um grande fluxo de veículos de carga, dentre elas: avenida Arthur Bernardes, avenida Pedro Álvares Cabral, além da ponte do Outeiro e ponte de Icoaraci.

Dulce Rocque, da Associação Cidade Velha-Cidade Viva, que defende a preservação do patrimônio histórico, pontua que, mais do que controle permanente, também são necessárias ações voltadas à educação no trânsito.

“É obrigação permanente controlar para evitar danos ao patrimônio. As multas resolvem o problema de agora, mas não retrocedem, colocando em pé as casas que ruíram ou que estão rachadas por causa da trepidação [causada pelo trânsito de veículos pesados]”, pontuou dona Dulce, que frequentemente denunciava o trânsito de caminhões pelas ruas da Cidade Velha nas redes sociais.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, Victor Furtado)

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