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Boreout: entenda o que é a síndrome causada por tédio no ambiente de trabalho

Diferente do Bournout, doença causada pelo excesso de trabalho, o Boreout afeta pessoas que se sentem subaproveitadas e insatisfeitas com a falta de demandas

Laís Santana

Enquanto a síndrome de Burnout - causada pelo estresse e sobrecarga de trabalho- é algo bem conhecido no universo da saúde mental, outra vertente do esgotamento emocional no ambiente laboral tem surgido, a Síndrome de Boreout. Trata-se do adoecimento demonstrado através da apatia, desinteresse, estresse, do mal-estar físico e mental por se sentir subaproveitado e insatisfeito com as demandas do trabalho. A psicóloga Danielle Almeida, especialista em saúde mental, deu mais detalhes sobre a doença em uma entrevista exclusiva a redação integrada de O Liberal.

O que é o Boreout?

O Boreout já é considerada uma síndrome e é o momento em que o profissional se encontra entediado no ambiente de trabalho. Boreout vem do inglês "boring", que quer dizer chato, sem ânimo. Ocorre quando o profissional se sente subutilizado quanto as suas capacidades e o trabalho passa a ser enfadonho. 

Quais são os sintomas do Boreout?

Desânimo, apatia, desinteresse e aparência física, rosto tristonho, postura cabisbaixa.

É possível diferencia o tédio comum do Boreout? 

 Sim, é possível perceber que esse desânimo acontece muitas vezes no local de trabalho, quando o profissional vive um momento de tensão e ao sair do ambiente se torna uma outra pessoa. Às vezes não é necessário a parte física verbalizar que você já está chateado, mas já existe o desânimo.

Quais fatores contribuem para o desenvolvimento do transtorno?

O profissional conhecer seu potencial e acreditar que não está sendo devidamente utilizado.

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Como lidar com o transtorno? 

É necessário que os profissionais e psicólogos de Recursos Humanos tenham conhecimento da equipe de trabalho. Se perceber que um profissional não está atingindo a meta de trabalho é necessário buscar entender o que está acontecendo e buscar formas para que o colaborador possa seguir desenvolvendo suas atividades. 

E o profissional, o que fazer então quando se sente afundando no marasmo em uma empresa que não aproveita o seu potencial?

Falar e pedir ajuda, não é vergonhoso admitir que não está se sentindo bem. Como colaborador você faz parte de uma equipe, não se trata de uma "euquipe", então você precisa das pessoas que estão com você para que tudo ocorra bem. 

Belém