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Belém: Sesma atribui falta de medicamentos à guerra na Europa

A falta de medicamentos como antibióticos, analgésicos e antialérgicos também ocorre devido à redução de produção dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs) pela China. A Sesma reiterou que não há falta de leitos na rede municipal de saúde

O Liberal

A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informou, na noite desta quinta-feira (14), que a falta de medicamentos (antibióticos, analgésicos, antialérgicos, dentre outros) é nacional, devido à redução de produção dos Ingredientes Farmacêuticos Ativos (IFAs) pela China e às dificuldades de importações em consequência da guerra na Europa.

A Sesma disse que trabalha junto aos fornecedores no sentido de garantir a regularidade do abastecimento de medicamentos e insumos médico hospitalares, apesar da crise mundial de produção.

De acordo com a Secretaria, há atualmente aumento da demanda de atendimento nas unidades de Urgência e Emergência do município, devido ao aumento dos casos de covid no país e de gripe em Belém.

Devido a isto, a Secretaria reorientou o direcionamento de testagem e atendimento de casos leves para as Unidades Básicas de Saúde (UBS), deixando para as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) o atendimento dos casos sintomáticos moderados a graves, afim de reduzir a sobrecarga de demanda, distribuindo os atendimentos de acordo com a gravidade de cada caso.

"A Sesma reitera que não há falta de leitos na rede municipal de saúde. O Sistema de Regulação de Leitos funciona regularmente, respeitando a ordem de cadastro e a gravidade dos casos para hospitalização", acrescentou o comunicado.

Modelo de atendimento

De acordo com o comunicado da Sesma, o Sistema de Saúde de Belém funciona normalmente e está preparado para garantir o atendimento da população no que é de sua responsabilidade, de acordo com o modelo de hierarquização do atendimento estabelecido pelas normas do Sistema Único de Saúde (SUS)

"Belém está entre as cinco capitais brasileiras com as melhores taxas de vacinação contra covid. Apesar do aumento do número de casos registrados nas últimas quatro semanas, estes evoluem de forma leve ou moderada, não provocando, por enquanto, impactos na capacidade de retaguarda hospitalar", disse a nota.

"A Sesma monitora permanentemente o sistema de saúde de Belém e está preparada para promover quaisquer adequações que se façam necessárias, conforme o cenário sanitário e epidemiológico presente", finalizou o comunicado.

Farmácias

Em algumas farmácias de Belém, a falta de medicamentos também é relatada. A empresária Gabriela Aguiar, dona de uma farmácia localizada no bairro do Guamá, afirma que medicamentos como antibióticos, antigripais e anti-inflamatórios estão em falta nas prateleiras. A falta de insumos nas indústrias seria o motivo da escassez.

“As distribuidoras alegam que faltam insumos. Ou seja, quando não faltam remédios, os preços são altos devido à procura. A Amoxicilina, por exemplo, era R$ 4,90 em janeiro e, agora, estamos comprando por R$ 12,00, um absurdo”, comentou.   

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