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Belém participa de consórcio para a compra de 30 milhões de doses da Sputnik V

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, é o vice-presidente do Conectar e também participou do encontro virtual

Cleide Magalhães

Belém, capital paraense, é uma das cidades brasileiras que também se lançou na busca por vacinas contra a covid-19 para imunizar a população. Por isso, a Prefeitura de Belém participa do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), que negocia a compra de 30 milhões de vacinas Sputnik V com o Fundo Soberano Russo (RDIF).

A negociação foi anunciada nesta segunda-feira (19), após reunião entre os prefeitos do consórcio e um representante do Ministério da Saúde (MS), para discutir a compra de imunizantes e insumos no combate à covid-19 nos municípios brasileiros.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, é o vice-presidente do Conectar e também participou do encontro virtual, bem como prefeitos e prefeitas que integram o consórcio.

Em entrevista, na última sexta (16), Edmilson disse, ao vivo, no estúdio da Rádio Liberal, do Grupo Liberal, confirmou que o consórcio pode oferecer 30 milhões de vacinas, que a vacinação contra covid-19 de conselheiros tutelares poderão ser marcadas em breve e que jornalistas, como se faz com todas as categorias, podem ser priorizados.

O objetivo do diálogo com o Ministério da Saúde é obter apoio para a compra e distribuição das vacinas. Além de garantir que o Conectar consiga atuar dentro dos parâmetros do Plano Nacional de Imunização (PNI) do MS.

Na reunião, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que a compra de vacinas pelo consórcio é bem-vinda e que “o governo federal deve apoiar a distribuição das vacinas adquiridas pelo Conectar”.

Além disso, Cruz disse acreditar que “os municípios não devem deixar de receber novas remessas de vacinas do governo federal ao fazer essa aquisição, mesmo que o PNI ainda esteja discutindo esse aspecto”. 

Nos próximos dias, o fundo deve encaminhar ao consórcio o cronograma exato de produção da vacina Sputnik V. A partir daí, serão discutidos os detalhes do contrato de compra do imunizante.

A expectativa é que o consórcio, que representa 2,5 mil dos 5,56 mil municípios brasileiros, avance no diálogo com o Fundo Soberano Russo para a compra de vacinas e que a compra seja consolidada ainda neste mês de abril.

Autorização da Sputnik V

Até o último dia 19, havia 62 países, com uma população de 3 bilhões de pessoas, que já autorizaram o uso emergencial ou concederam o registro da Sputnik V, segundo informa a BBC News.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do MS, está analisando um pedido de uso emergencial da Sputnik V feito pela farmacêutica União Química, que fechou um acordo com o Gamaleya para fabricação e distribuição da vacina russa localmente.

Dezenas de milhões de doses já foram compradas pelo governo federal, estados e municípios do país, que agora aguardam o aval da agência para começar a aplicá-la.

Casos

Nesta terça-feira (20), a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) confirmou mais 408 novos casos e 50 óbitos de covid-19 que ocorreram nos últimos sete dias no estado. Em relação à subnotificação das prefeituras, foram confirmados mais 2.241 casos e 96 óbitos ocorridos em dias anteriores.

Os números estão no boletim epidemiológico divulgado nesta terça, às 18h. Com isso, o Pará totaliza 456.628 casos de pessoas que testaram positivo. Desse total, 425.540 conseguiram se recuperar e 12.165 foram a óbito. Ainda segundo o boletim, 494 casos suspeitos que seguem em análise e 78.532 suspeitos que já foram descartados.

Belém