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Após perder um bebê no nascimento, devota de Nossa Senhora faz pedido especial em 2022

Empresária viu na resiliência de Nossa Senhora, ao perder o filho, o estímulo para seguir em frente

Natália Mello

“Ela teve que entregar o filho dela porque ele era o Salvador, e eu me senti naquela mesma situação, de ter que entregar o meu filho. É algo que ninguém quer, mas ao mesmo tempo eu senti paz, porque sei que meu filho foi recebido por ela e por Jesus”, compartilha a empresária Thainá Abreu, de 34 anos, que perdeu Luca há cerca de 5 meses. Em 2022, com o Círio de volta oficialmente às ruas, ela tem um pedido especial.

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“Sempre tive vontade de ser mãe, sempre foi um sonho. Com tudo que aconteceu esse ano, eu renovei a minha fé e é nela, em Nossa Senhora de Nazaré, que vou me apegar para realizar esse sonho. Porque eu já me sinto mãe, mas eu quero poder criar meu filho, e sei que ela vai me ajudar”, afirma. Após identificar uma infecção urinária silenciosa, Thainá precisou fazer o parto às pressas e um diagnóstico que passou despercebido pelo médico foi constatado: Luca teve malformação congênita devido a um remédio que ela tomava para hipertensão.

“Meu filho ia ter uma vida muito difícil aqui na terra, ia sofrer muito com tudo, porque ele tinha muitas limitações. Então eu me apeguei em Nossa Senhora e em Deus mesmo pra conseguir. Na resiliência dela”, diz Thainá. A empresária, casada há quase um ano, também conta que a devoção dela é antiga, e do marido também, que costuma participar do Círio acompanhando a romaria de domingo na corda dos promesseiros. “Para ele é sagrado, todos os anos vai com um grupo de amigos”.

Sobre o momento mais especial de todos os dias de festividade, para Thainá, é o final da missa na Sé, às 6h da manhã de todos os segundos domingos de outubro, quando tem início da romaria principal do Círio. “Eu sempre fui muito religiosa, sempre participei de todas as edições, acompanhava a trasladação, assisto todas as missas da programação, e minha família também sempre foi bem religiosa”, pontua.

De volta à rotina, sem esquecer de Luca, o primogênito do casal, Thainá voltou a praticar esportes – essencial na sua vida, ao trabalho e busca sempre se ocupar e estar em companhia, seja do marido, de amigos, ou de Nossa Senhora e de Deus. Mesmo sendo relativamente recente, a velocidade com que os últimos meses se passaram e a proximidade do Círio fizeram a empresária ter esperanças.  

E o dia 9 de outubro promete ser um encontro de agradecimento, conforto e renovação. “Estou dando um tempo, respeitando o meu corpo e tudo que aconteceu, tentando voltar a ficar bem. Não gosto de ficar sozinha, sempre procuro estar com alguém, rezo. Mas esse é meu sonho, então é meu pedido, eu quero ser mãe”, finaliza.

Belém