Voluntários distribuem água, suco e maniçoba para romeiros que caminham até Belém

Pelo terceiro ano consecutivo, voluntários dos projetos "Caminho de Nossa Senhora de Nazaré" e "ManiçoBão do Romeiro" ajudam na acolhida de romeiros de vários municípios paraenses que caminham pela rodovia BR-316 até a Basílica Santuário, em Belém, durante o período do Círio 2020. Com equipamentos de proteção individual, incluindo máscara, escudo facial, luva, touca e álcool em gel, eles distribuem itens como água, suco e alimentação.

São cerca de 100 colaboradores, divididos em equipes pequenas, com atuação de terça-feira (06) a domingo (11). As doações do "Caminho de Nossa Senhora de Nazaré" somam 18 mil garrafas com água, 1.500 caixinhas de suco, mil pacotinhos de bolacha, além de 10 mil máscaras de proteção e algumas frutas. Para isso, foram montadas duas tendas na rodovia BR-316, uma em Santa Izabel e outra em Castanhal, e outra tenda na avenida Almirante Barroso, perto de São Brás.

Voluntários usam equipamentos de proteção individual durante as ações (Ivan Duarte / O Liberal) Ações estavam canceladas, mas foram preparadas de forma emergencial diante da demanda (Ivan Duarte / O Liberal)Para o projeto da maniçoba, prato típico da festividade nazarena, foram 1.500 porções servidas em dois formatos: drive thru, para os integrantes da 41ª Romaria Nossa Senhora de Nazaré, que saiu em carreata de Castanhal na quarta-feira (07); e de forma itinerante, por meio de uma Kombi adaptada para rodar de manhã, à tarde e à noite, com distribuição na estrada e em uma comunidade carente de Benevides.

Acolhida (Ivan Duarte / O Liberal)As duas ações são desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisa da Cozinha e da Cultura Brasileira (IPCB), sediado em São Paulo e com atuação em território nacional. De acordo com o CEO do IPCB, o professor e chef Ricardo Frugoli, as ações estavam suspensas em 2020 porque não tem romaria no Círio. Entretanto, uma semana antes, a equipe foi informada que grupos de romeiros já estavam realizando o trajeto Castanhal/Belém. Com isso, uma acolhida mais reduzida e emergencial foi planejada. 

"Para nós, do IPCB, a execução emergencial desses projetos é uma possibilidade de contribuir socialmente nesse momento de tantas mudanças sociais, bem como de empenhar nossa capacidade técnica, inventiva e o nosso apoio popular para colaborar da melhor forma possível a que o Círio de Nazaré e suas manifestações culturais possam ocorrer de forma segura e eficaz", comentou Ricardo, que coordena as ações remotamente, de São Paulo.

"Se não conseguimos conter o fenômeno motivado pela fé, temos que acolher, pois o sacrifício sofrido no caminho continua o mesmo, agora mais duro, sem a quantidade de acolhimento necessária. Juntamos nossa experiência de atuar emergencialmente, capacidade técnica e a nossa parceria construída ao longo de anos com a comunidade para acolher de forma segura em 2020", completou.