Belenenses dizem o que mais esperam de 2021: a vacina contra a covid-19
Pelas ruas de Belém, a imunização contra a pandemia é o desejo mais recorrente
A capital paraense amanheceu bastante tranquila nesta sexta-feira, o primeiro dia do ano de 2021. Havia poucas pessoas pelas vias principais dos bairros de São Brás, Nazaré e Batista Campos. Algumas delas ainda trajavam roupas na cor branca, que, na cultura ocidental, tem a conotação de pureza e paz.
No entanto, a pandemia da covid-19 e, principalmente, a falta da disponibilidade da vacina no Brasil (quando mais de 40 países já começaram a aplicar vacinas contra a covid-19) ainda é algo que mexe bastante com o sossego e a paz de muitas pessoas. Ainda assim, algumas delas ainda afirmam ter esperança e prosperidade em relação ao novo ano, que pode melhorar, ainda mais, com a chegada da vacina.
O professor de História Antônio Almeida, 67 anos, frisa que, mesmo com a covid-19, sente esperanças de que as coisas ocorram da melhor forma possível em 2021 e, no momento atual, principalmente, a saúde. “A saúde é fundamental, porque com ela a a gente trabalha e com o trabalho gera o bem estar e o conforto. A maior expectativa otimista é a vacina contra a covid-19 e temos que confiar na ciência”.
Almeida enfatiza também que tem a expectativa de que os homens que estão no comando do Brasil tenham serenidade e bom senso para ultrapassar os problemas de natureza política e ideológica e pensar na saúde da população.
“Pois o dever dos governantes estabelecido pelo estado na Constituição Federal é que a saúde é um bem de todos. Então, eles têm que cumprir o que a lei determina, porque ela está estabelecida como responsabilidade do estado e não ao interesse de B ou C ou de natureza política e ideológica”, enfatiza o professor de História.
Mauro de Oliveira, 54 anos, que trabalha em uma empresa pública, afirma ter esperança de que o novo negócio da esposa dê certo em 2021. “Queremos que a vacina chegue junto com esse novo investimento e tenhamos um mundo de paz. Que nossa saúde, principalmente, seja a maior beneficiada”, deseja. Ele é esposo da Patrice Tavares, 37 anos, com quem tem três filhos.
Para Wando dos Santos, 30 anos, que trabalha com a manipulação e venda de pipocas em espaços públicos, o aguardo pela chegada da vacina é também um dos temas que pode gerar confiança em começar a pensar numa vida melhor.
“Em setembro, perdi meu pai e minha irmã, mas não foi para a covid, porém, foi uma enorme tristeza. E agora o que eu quero é que acabe a pandemia e Deus nos dê saúde. Eu tenho que esperar por dias melhores, mas vejo que a tendência não é melhorar, não. Aí fica mesmo difícil planejar ou pensar no futuro, na vida”, lamenta Santos.
O fato de o Brasil ainda não ter a vacina é ainda motivo de desesperança e desânimo para mais pessoas, que acabam até vivendo sem contemplar a vida e que dias melhores podem chegar.
“Sei que está vindo outra onda da doença e ainda não temos vacina. Então, eu sinto que não vai melhorar, não. Com isso, não tenho esperança de vida melhor neste novo ano. Se as pessoas não têm nem como sobreviver, não têm nem mais auxílio, como elas podem ter esperanças? Vão viver de quê? Não tenho esperança de nada, porque a pandemia atrapalha a vida e os planos de todo mundo”, afirma Vilma Carneiro, 63 anos, que é autônoma e trabalha há 19 anos na praça da Batista Campos.
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