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Semana Nacional de Oceanografia reúne estudantes e especialistas na UFPA

Esta é a terceira vez que o Pará recebe o congresso, que chega agora à 35ª edição nacional

Bruna Lima

Até o próximo sábado (10), a Universidade Federal do Pará (UFPA) sedia a Semana Nacional de Oceanografia (SNO), um dos principais eventos acadêmicos da área no país. Com o tema “Carimbó de Marés: Uma Confluência de Saberes”, a programação ocorre no Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ), próximo ao portão 3 do campus Guamá, e propõe aproximar os conhecimentos tradicionais das populações costeiras da produção científica sobre os oceanos. A programação contou com a exposição de Rose Maiorana, artista plástica e vice-presidente do Grupo Liberal.

Esta é a terceira vez que o Pará recebe o congresso, que chega agora à 35ª edição nacional. Para Iago Gadelha, diretor financeiro do evento, a escolha do tema dialoga com a realidade amazônica.

“A proposta foi justamente misturar o saber tradicional com o saber acadêmico. A Semana é um espaço para conscientizar e ampliar o debate sobre a importância do oceano e das águas para diferentes comunidades”, explicou.

O jovem estudante também completa que a programação vai discutir novas formas de interpretar dados ambientais e como aplicá-los para a conservação. “ É um momento de troca intensa entre pesquisadores, estudantes e representantes de comunidades tradicionais”, completou Gadelha.

O evento atrai participantes de diferentes regiões do Brasil. Alice Liz Andreta, estudante de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), no Rio Grande do Sul, veio a Belém como ouvinte. Para ela, a Semana é uma oportunidade de ampliar horizontes.

“A vastidão da nossa área é muito grande. Quando a gente conversa com pessoas de outras regiões, enxerga novas possibilidades de pesquisa e percebe o quanto o curso é diverso. É uma troca de saberes muito rica”, afirma.

Já Davi Araújo de Lima, estudante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), participa pela primeira vez do encontro e também de uma imersão na cultura amazônica.

“Estou cheio de expectativas, tanto para reencontrar amigos quanto para conhecer Belém. É uma cidade conhecida por sua misticidade, e o evento nos dá esse motivo para vir e falar do que mais estudamos, o oceano e sua importância para populações que vivem da água e do entorno dos rios”, disse.

Com a presença de instituições parceiras, como o Observatório da Costa Amazônica, a empresa Ocean Pack e o grupo Aquaplan, a Semana Nacional de Oceanografia pretende consolidar Belém como polo de discussão sobre ciência do mar na Amazônia e fortalecer a conexão entre academia e sociedade.

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