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Rede elétrica de Belém atinge cerca de 90% da modernização prevista para este ano

há um planejamento de rotina para a renovação da rede, que foi acelerado por conta do Círio de Nazaré e da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30)

Gabriel Pires

Deve ser concluída até o próximo dia 30 de setembro, em Belém, a modernização e a substituição de 70 quilômetros da rede de energia elétrica, segundo a Equatorial Pará. Até o momento, cerca de 62,8 quilômetros já foram renovados, representando aproximadamente 89,7% da meta estabelecida. Segundo o gerente de obras e manutenção da concessionária, Telmo de Almeida, essa mudança vai proporcionar mais eficiência, aumentar a segurança e reduzir as interrupções no fornecimento de energia.

O gerente da Equatorial ainda explica que há um planejamento de rotina para a renovação da rede, que foi acelerado por conta do Círio de Nazaré e da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que será sediada em novembro deste ano, em Belém. “A meta é substituir e modernizar 70 km da rede de energia até o dia 30 de setembro. Já renovamos cerca de 62,8 km de rede. Estamos na fase final do projeto e modernizamos trechos principais, como ao redor do Parque da Cidade, o circuito da Base Área e a estação estratégica da obra da COP na Almirante Barroso”, explica.

De acordo com o gestor, essa mudança traz diversas melhorias à população e também em quais pontos da cidade os trabalhos já foram realizados. “Esse mês [setembro], trabalhamos no entorno da Doca de Souza Franco. A gente também fez uma obra importante na Cidade Velha, saindo do Portal da Amazônia até a Catedral da Sé. A rota do Círio, inclusive, já foi feita. Todo cabo que a gente está substituindo, agora é isolado e de baixa tensão, muito mais seguro, muito mais imune a eventos externos”, afirma Telmo.

“Esse é um cabo protegido que exige menos poda, convive muito melhor com vegetação e isso contribui até para a vegetação da cidade e evita curto-circuito. Antes, os cabos eram de alumínio, que é um cabo normal sem cobertura, tinha fragilidade para danificar com toque de animal e toque de vegetação. O balanço na rede podia fazer curto-circuito”, acrescenta o gerente da Equatorial.

Fiação subterrânea

Em novembro do ano passado, o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) recomendou às empresas que os cabos telefônicos e elétricos fossem instalados de forma subterrânea, a fim de evitar danos às árvores e preservar a paisagem urbana. Sobre o aterramento dos cabos, Telmo explica: “O padrão de rede do Brasil todo é aéreo, não tem um projeto da rede subterrânea. A rede subterrânea, nesse sentido, já foi contemplada. E não ia ser só uma definição da distribuidora, é uma reforma muito mais da distribuição”.

O gerente da Equatorial observa que, com a mudança na renovação da rede, haverá mais segurança e menos interrupções no fornecimento de energia. Ele enfatiza que a rede foi automatizada para aumentar a confiabilidade e que, antes, era impossível evitar que um trecho da rede ficasse desligado até o reparo, caso ocorresse algum evento. “Agora, a gente consegue isolar remotamente, fica interrompido, em alguns minutos a gente faz essa transferência de cargas para os clientes, que serão muito menos afetados”, relata.

 

“Tudo isso evita transtornos também de abalroamento, a colisão de um veículo. A Equatorial está trabalhando em conjunto com a Secop [Secretaria Extraordinária para a COP30], Prefeitura de Belém, Governo do Estado, Ministério das Minas e Energia. Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para garantir o sucesso da COP 30. Temos um evento grande. Precisamos garantir conforto para quem está visitando a nossa cidade”, explica Telmo de Almeida ao falar da importância de reforçar as ações neste momento.

Automação da rede

Com relação à automação da rede, Telmo de Almeida pontua: “Isso permite uma quantidade mínima de clientes afetados”. “Um ponto além do investimento é que há todo um plano operacional ao longo da COP. Há reforço, mais equipes de plantão, técnicos de sobreaviso. Isso significa muita segurança para quem está visitando Belém, além do legado para a cidade, com um investimento robusto. Quem mora em Belém vai usufruir da rede boa depois”, frisa Telmo de Almeida.

Parque da Cidade

Nas obras de melhoria da rede no entorno do Parque da Cidade e do Hangar, foram investidos quase R$ 2 milhões. A intervenção abrangeu as avenidas Júlio César, Senador Lemos e Brigadeiro Protásio, com a substituição de 7 km de cabos antigos por novos. Também foram construídas novas linhas e instalados equipamentos para garantir mais qualidade no fornecimento de energia.

Cidade Velha

Na Cidade Velha, o investimento foi de cerca de R$ 1 milhão para a renovação completa do circuito elétrico. As melhorias contemplaram as ruas Dr. Malcher, Dr. Assis e do Arsenal, que concentram importantes pontos turísticos, como o Portal da Amazônia e o Mangal das Garças, além de hotéis, hospitais e diversos estabelecimentos comerciais. Com a obra, toda a rede elétrica local foi substituída por rede compacta, totalizando aproximadamente 2 km.

Doca

No dia 23 de agosto, a avenida Visconde de Souza Franco, a Doca, também passou a receber ações de modernização da rede elétrica. Além dos clientes residenciais, grandes empreendimentos, como shoppings, policlínicas e empresas, serão beneficiados. A intervenção inclui a substituição de 4 km de rede e de equipamentos técnicos, com investimento estimado em R$ 1,5 milhão. A conclusão está prevista para o fim de setembro.

Aeroporto de Belém

Entre as ações, no início de setembro, a Equatorial finalizou duas obras voltadas à melhoria do fornecimento de energia para a COP 30. A primeira foi a construção de uma rede exclusiva para o Aeroporto Internacional, que agora conta com circuito próprio. Na linha expressa do aeroporto, foram implantados 2,1 km de rede, desde a subestação Grão-Pará, na avenida Desembargador Paulo Frota, até a Júlio César. O projeto também incluiu cabos mais modernos e equipamentos automatizados, com monitoramento remoto 24 horas.

A medida reduz riscos de falhas e aumenta a disponibilidade de energia. A segunda obra foi a renovação da rede elétrica em um trecho da avenida Arthur Bernardes, entre a passagem Mirandinha e a Júlio César. Além de reforçar o sistema, a intervenção servirá como suporte ao aeroporto em caso de necessidade. Juntas, as duas ações receberam investimentos de aproximadamente R$ 1,5 milhão. Na Arthur Bernardes, foram substituídos 3,5 km de rede e instalados novos equipamentos, beneficiando principalmente clientes comerciais e residenciais da região.