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Projeto social de podologia promove tratamento de idosos diabéticos em Belém

Os atendimentos são gratuitos, às terças-feiras, das 8h às 18h, em um espaço especializado de podologia, no bairro do Marco

João Thiago Dias

Muitas dores nos pés e nas pernas, causadas pela neuropatia diabética - distúrbio que ocorre por conta do diabetes -, impediam que a aposentada Socorro Silva, de 70 anos, se locomove-se na rua ou dentro da casa dela. Desde que começou a participar das sessões de massagem, tratamento e cuidado com os pés do projeto social Podosênior, em Belém, conseguiu voltar a caminhar sem sentir tantos desconfortos. 

"Recebo massagem, ajeito as unhas dos pés. Tenho neuropatia diabética, porque tenho diabetes tipo 1. Não tem cura. Doia muito minha pernas. Formigamento, agulhada, dormência, sensação de que ficavam geladas. Um sacrifício para andar até em casa. Melhorou bastante", contou Socorro.

"Tenho essa doença há 34 anos e sempre fiz acompanhamento médico constante. No entanto, eu não ia com muita frequência ao podólogo. Era de seis em seis meses mais ou menos, por conta do custo. Deixava passar. Agora, com o projeto, ficou mais calmo para meu bolso e venho toda terça-feira do bairro do Guamá, onde moro", detalhou a aposentada.

O projeto já atende 30 idosos

Socorro faz parte de um grupo de 30 idosos que agenda hora semanalmente no projeto Podosênior, que começou há cerca de um mês, em um espaço especializado de podologia e estética facial e corporal, localizado na avenida Romulo Maiorana, 1.644, entre as travessas Angustura e Barão do Triunfo, no bairro do Marco.

De acordo com a podóloga responsável pelo projeto, Edilene Silva, a ideia surgiu a partir de ações sociais que ela realizava em vários bairros de Belém para atender a população mais carente. Ela explica que o acompanhamento é multidisciplinar, ou seja, é necessário que haja acompanhamento médico junto com os tratamentos.

"Muitos idosos que têm diabetes ficam com agravamento porque não sabem cuidar do pé. Nem sempre o médico ensina todos os procedimentos. E os pacientes têm dificuldades para procurar uma podóloga ou uma instituição que faça esse serviço. Por isso pensamos no projeto. Mas a pessoa tem que se interessar em cuidar do pé", destacou Edilene.

"Um corte incorreto de unha já é o suficiente para prejudicar. O procedimento depende de cada caso. Pode ser unha encravada, que é o mais recorrente, já que a idade avançada faz atrofiar. Fazemos tratamento de podologia. Mas pode ser calos, esporão calcâneo, formigamento, dormência, retenção de líquido. Fazemos hidroterapia, massagem", detalhou.

Dicas para idosos diabéticos

Entre as dicas para o idoso diabético manter a saúde dos pés, a podóloga pontua a alimentação saudável, o calçado adequado e a ida ao médico e ao podólogo. "É difícil quando o diabético não sabe que é diabético e faz tudo o que não deve. Não pode fazer unha em manicure nem por conta própria. É sempre um risco. E tem que prevenir antes de sentir", orientou.

Além do tratamento, existe bastante diálogo para esclarecer todas as dúvidas que são frequentes na terceira idade. "A gente faz avaliação antes do procedimento.Tem bastante diálogo. É o principal meio para chamar atenção, explicando o motivo dele estar sentindo aquilo. Como ele pode tratar. Explicando como devem procurar um médico", concluiu Edilene.

Como agendar atendimento

O atendimento do projeto é totalmente gratuito, toda terça-feira, das 8h às 18h, tendo como público-alvo idosos com mais de 60 anos e com pé diabético. Os agendamentos são limitados mediante documentos de RG, comprovante de residência e histórico de exames. Mas informações por meio do instagram podo.pele ou por meio do telefone 98209-6197.