Pentecostes é celebrado com Crisma de jovens e adultos na Paróquia São José de Queluz, em Belém
Arcebispo Dom Julio diz que sacramento é dom do Espírito Santo; fiéis relatam emoção e recomeço
Milhares de fiéis participam, neste domingo (8), da Solenidade de Pentecostes em celebrações nas 109 paróquias da Arquidiocese de Belém. Na paróquia São José de Queluz, em Canudos, a manhã foi marcada por uma missa com o arcebispo coadjutor de Belém, Dom Julio Endi Akamine, e a crisma de jovens e adultos. Para muitos, o momento representou um novo passo na fé, selado pelo dom do Espírito Santo.
Presidindo a celebração das 7h, Dom Julio falou sobre o significado de se receber o Crisma exatamente no dia de Pentecostes, encerrando o Tempo Pascal. “Isso não é só um simbolismo. É a realidade do Pentecostes acontecendo no coração de cada crismando”, afirmou. Segundo ele, o sacramento é o derramamento do Espírito Santo em quem o pede com fé.
“Eles vivem o Pentecostes como um evento pessoal. O sacramento da Crisma é exatamente este dom do Espírito Santo que é dado, que é derramado no coração daqueles que o pedem”, completou.
Entre os adultos crismados, o agente de portaria José Maria do Nascimento, de 60 anos, se emocionou com a conquista. “Estou fazendo a primeira comunhão e a Crisma agora. Me afastei um pouco da igreja, mas voltei de novo. Fazer esse sacramento é pra melhorar de vida, buscar uma vida espiritual boa”, contou.
Para ele, receber o Crisma justamente em Pentecostes teve um significado especial: “Me sinto muito feliz. O dia de Pentecostes, com a vinda do Espírito Santo, vai fortalecer bastante”, completou.
Jovem da Guarda Mirim de Nazaré quer seguir vocação religiosa
Outro crismando da manhã foi Caio Campos, de 14 anos. Para ele, o sacramento sela um caminho de fé que começou na infância. “Em 2015, depois do meu batismo, minha tia me inscreveu na Guarda Mirim de Nazaré. Agora em abril completou 10 anos que eu caminho dentro da igreja. Fiz todos os sacramentos aqui na paróquia, desde o batismo até agora o Crisma”, contou.
Caio também participa da Pastoral de Comunicação (Pascom) e já pensa em seguir a vida religiosa. “Eu penso bastante em entrar na ordem agostiniana”, revelou.
Tia e madrinha de Caio, a professora Tatiane Salgado, de 41 anos, acompanhou de perto a trajetória do afilhado desde a infância. “É uma grande festa, grande emoção ver os jovens na igreja e fazendo essa evolução, recebendo um sacramento tão importante. É uma grande satisfação”, declarou.
Catequista e entusiasta da vida comunitária, ela lembra que foi responsável por apresentar a fé ao menino. “Desde os quatro anos, eu já coloquei ele no rumo da igreja. Na época eu era catequista, e ele foi junto comigo. Engajei ele na Guarda Mirim e aí foi seguindo. Aonde der pra acompanhar, eu vou”, contou a tia, orgulhosa.
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