Padre Cláudio reflete sobre a missão cristã como compromisso de todos os fiéis
O sacerdote refletiu sobre o chamado missionário a partir do Evangelho de Lucas
Na homilia do 14º Domingo do Tempo Comum (Lc 10,1-12.17-20), padre Cláudio Pighin, responsável por ministrar as missas dominicais na sede do Grupo Liberal, refletiu sobre o chamado missionário a partir do Evangelho de Lucas. Segundo ele, a missão confiada por Jesus não é exclusiva dos apóstolos, mas deve ser assumida por todos os cristãos com coragem, responsabilidade e fidelidade.
“O evangelista Lucas nos apresenta o envio dos 72 discípulos por parte de Jesus. Antes, o Mestre tinha enviado os 12 apóstolos. Isso caracteriza que a missão é envio. A missão, como o evangelista nos apresenta, não é exclusividade de uns, mas de todos que participam da vida do divino Mestre. Missão também como responsabilidade. Quem manda na missão é quem envia. O missionário não é o dono da missão, mas o servo fiel de Jesus que o envia”, observa
Ele reflete sobre o espírito de comunidade desse momento: “O missionário não vai sozinho, de fato. Jesus os envia de dois a dois. A corresponsabilidade é a habilidade da missão. O missionário é destinado para todos os lugares e, assim, não existem lugares privilegiados para eles. Vai ao encontro das pessoas e não espera que os outros venham ao seu encontro”, afirma.
“O missionário não pode ficar parado, em nenhum sentido, é dinâmico. Sabe que a única força que tem é a confiança em Jesus. Não deve se deixar atrair pela força da materialidade do poder, porque não garantem o sucesso da missão. É sempre portador de paz, porém não a paz dos homens, mas de Deus”, acrescenta o sacerdote
Pighin também pontuou que o missionário tem direito ao seu sustento, mas não deve confundir missão com ambição. Ele também destacou que anunciar o Reino é provocar transformação na sociedade. “O missionário prega esperança e perspectiva de vida que contrariam a da sociedade. Anunciar o Reino de Deus é levar as pessoas a conduzirem uma vida nova, uma maneira de pensar e de agir fundamentada na Boa Nova de Jesus”, reflete.
“E assim nós somos irmãos e irmãs entre nós. Dito isto, quero salientar que o enviado de Jesus sente a urgência e a responsabilidade de levar a o quanto antes a grande mensagem de Jesus ao mundo. O missionário consciente e fiel da missão que recebeu discerne a sede ardente do povo em acolher as palavras de vida, embora que o Senhor diga: ‘Estou enviando vocês como cordeiros para o meio de lobos’”, comenta padre Cláudio.
O padre também lembra: “Agora, como compreender as seguintes palavras tão duras de Jesus até a poeira dessa cidade que se grudou em nossos pés, nós sacudimos contra vocês. Jesus quis dizer que quer reconstruir a comunidade e refazer a mesma vida para que Deus seja sempre a boa nova para o ser humano”.
“Portanto, precisamos ter a coragem de estarmos abertos e disponíveis em nos deixar questionar pela palavra de Deus, enfim, a missão da alegria aos discípulos que contam para Jesus o resultado extraordinário da missão. E Jesus acrescenta ainda que a coisa mais importante em tudo isso é porque os nomes de vocês estão escritos no céu”, acrescenta.
Ao final, padre Cláudio retomou o sentido mais profundo da missão, lembrando que Jesus valoriza o esforço e a entrega dos que anunciam o Evangelho. “Jesus acrescenta que a coisa mais importante em tudo isso é porque os nomes de vocês estão escritos no céu.” E concluiu com uma provocação aos fiéis: “Como cristão, até que ponto te sentes missionário? Percebes a urgência de testemunhar a tua fé, sobretudo para os afastados?”.
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