Oficina de Arte Inclusiva inicia nesta sexta (5) e promove criatividade e diversidade em Belém
Iniciativa é da vereadora Nay Barbalho em parceria com a Semiac e o Grupo Liberal; entenda
A arte como ferramenta de transformação social ganhou um novo espaço em Belém. Teve início nesta sexta-feira (5), no Casarão das Artes, localizado na avenida Nazaré, a Oficina de Arte Inclusiva, iniciativa da vereadora Nay Barbalho em parceria com a Secretaria Municipal de Inclusão e Acessibilidade (Semiac) e o Grupo Liberal. O projeto pretende incentivar pessoas com e sem deficiência a descobrirem e explorarem as potencialidades artísticas por meio da pintura, em um ambiente acessível e acolhedor.
A proposta é reunir, a cada 15 dias, turmas de diferentes faixas etárias para experiências que vão além da técnica, estimulando criatividade, autoestima e convivência. Nesta primeira etapa, a oficina deve atender 120 participantes, divididos em quatro grupos de 30 pessoas. Novas inscrições serão abertas ao longo das semanas, garantindo a participação de um público cada vez mais diverso.
O projeto se insere em um movimento mais amplo de valorização da diversidade e de promoção de políticas de inclusão. "A oficina tem como objetivo atender a todas as pessoas que tenham interesse em arte e entendam a importância dela como instrumento de cura, de reabilitação e, inclusive, de tratamento sobre questões de saúde mental", disse a vereadora Nay Barbalho.
Espaço acessível e equipe multidisciplinar
O Casarão das Artes, que recebeu a primeira edição do projeto, foi adaptado com recursos que garantem a acessibilidade e conforto. Entre os materiais utilizados estão pincéis de dedo, cavaletes adaptados em diferentes tamanhos e ferramentas que tornam o processo artístico mais democrático. Além disso, a oficina conta com o acompanhamento de artistas plásticos, pedagogos e terapeutas ocupacionais, que orientam as práticas e apoiam o desenvolvimento das habilidades criativas. O espaço histórico ganha, assim, um novo significado. Além de preservar a memória cultural de Belém, ele passa a ser também ponto de encontro para a construção de uma arte plural, que integra diferentes vozes e corpos.
Mais do que aulas de pintura, a iniciativa também prevê momentos de inspiração e troca de experiências. Ao longo dos encontros, os participantes terão contato com histórias de artistas com deficiência, reforçando a importância da representatividade no campo artístico. O objetivo é que cada trajetória apresentada sirva de incentivo para que novos talentos se reconheçam como protagonistas das próprias narrativas.
"É de extrema importância que a gente possa atender com profissionais qualificados, artes terapeutas e equipe multidisciplinar, não apenas pessoas com deficiência, mas pessoas que tenham alguma questão de saúde mental, porque a gente sabe que a arte é uma forma de terapia, de reabilitar e de cuidar", enfatizou a vereadora.
As obras produzidas ao longo do percurso não ficarão restritas às salas da oficina. A proposta é que elas sejam expostas em mostras abertas ao público, ampliando o alcance das criações e estimulando a valorização da diversidade na cena cultural da cidade. Essas exposições devem ocorrer em espaços acessíveis, aproximando a comunidade do resultado do trabalho coletivo.
Palavras-chave