No Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, evento enaltece a luta das mulheres na Amazônia
Nesta sexta (26), até as 18h, diversas atrações e apresentação cultural marcam a programação
A violência contra a mulher ocorre em diversas formas e lugares, seja de maneira física, sexual ou psicológica. Em 2020, cerca de 17 milhões de mulheres sofreram esses tipos de violência no Brasil, afirma o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Desse quantitativo, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos vivenciou agressões. Para reverter esses alarmantes números, o dia 25 de novembro foi escolhido para ser o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.
Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), que ficaram conhecidas como Las Mariposas e que foram assassinadas em 25 de novembro de 1960, durante a ditadura de Rafael Leónidas Trujillo, na República Dominicana. Para celebrar a luta de todas as mulheres que atuam em defesa da vida e relembrar os direitos conquistados, nesta sexta (26), entidades de movimentos sindicais e grupos de pesquisa de gênero, realizam uma programação para discutir sobre a resistência e o enfrentamento dessa realidade.
"Esse é um importante momento para pensar a luta dessas mulheres contra todas as violências que incidem sobre nossos corpos. Então, neste evento, vamos trazer a arte de mulheres que sobrevivem a partir da economia solidária e trazer a dança para as nossas vivências", explica Adriane Lima, diretora adjunta da Associação de Docentes da Universidade Federal do Pará (ADUFPA).
Para Adriane, os desafios que temos para hoje, para enfrentar as violências, são muitos. "Precisamos fortalecer, principalmente. as políticas públicas voltadas para o combate à violência contra as mulheres. Precisamos fortalecer e ampliar as delegacias das mulheres. Além disso, é necessário mais atenção à rede de atendimento, enquanto atendimento psicológico e terapêutico e de proteção dessas mulheres. Mas não é só isso, também é preciso de uma educação feminina e de gênero que visibilize as violências que sofremos desde menina", acrescenta.
Com ciclos de debates sobre as várias formas de violência, o evento busca somar para que os enfrentamento da violência contra as mulheres não se limitem a uma data e que seja lembrado todos os dias. "A cada dois minutos, uma mulher é agredida. Não é somente uma agressão física, ocorre também na forma de vestir e moralmente. Ter uma cultura anti violência perpassa pelo campo educacional e é a nossa missão durante o evento, reforçar a nossa luta", finaliza.
Nesta sexta-feira, a partir das 9h, o evento ocorrerá na Casa do Professor, localizada na rua dos Caripunas, 3459, entre 3 de maio e 14 de abril, no bairro da Cremação.
As atividades serão abertas ao público, confira:
9h às 18h - Feira Artesanal e de Produtos Orgânicos
9h30 - Dança Circular com Bianca Brito
15h - Roda de Conversa: Saberes, Lutas e Resistências das Mulheres Amazônidas
18h - Grupo de Carimbó Cobra Venenosa, com participação de Déia Palheta
(Karoline Caldeira, estagiária sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)
Palavras-chave