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Hemopa aproveita solidariedade do Círio e pede doações de sangue

Devido à pandemia de covid-19, os estoques estão ainda mais prejudicados, já que muitos doadores não podem mais comparecer ao hemocentro

Victor Furtado

A pandemia afetou bastante os estoques de sangue da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa). E aproveitando o momento de retomada de uma relativa normalidade, coincidindo com o Círio, a instituição criou uma campanha móvel. Quem estiver pela praça Santuário, pode passar no caminhão e doar e/ou fazer cadastro de doador de medula óssea. Tudo é bem rápido. Demora, no máximo, 10 minutos. A campanha móvel segue até esta quinta-feira (8), de 8h às 16h.

Para doar, a pessoa precisa estar com algum documento de identificação com foto e ter entre 16 e 69 anos. Algumas condições importantes: ter dormido ao menos 6 horas de um dia para o outro, estar alimentado, ter mais de 50 quilos, não ter tido doenças infecciosas recentes, não ter piercings ou tatuagens recentes, ter parceiro fixo de relações sexuais há mais de seis meses e mais alguns detalhes descritos numa entrevista de triagem.

Quem teve covid-19, precisa esperar ao menos 30 dias após a confirmação de estar livre da doença. Se a pessoa teve contato, deve esperar ao menos 14 dias. Tudo isso parece muita coisa, muita complicação e muitas restrições. Porém, explica a assistente social Nilvete Smith reforça: o Hemopa precisa de doações sempre. Cada doação pode salvar, em média, quatro vidas. Por dia, seriam necessárias 250 doações. Só que a pandemia fez esse número cair muito. E essa meta nunca foi fácil de se manter.

"Nossa meta dessa campanha externa é de 80 doações diárias. Esperamos que as pessoas, com esse sentimento de solidariedade do Círio, compareçam, pois precisamos de doações", clamou Nilvete. Doar sangue não causa absolutamente nenhum mal ao doador. Todos os protocolos de segurança sanitária estão sendo seguidos para os doadores.

Foi com esse sentimento de solidariedade nazarena, reforçada pelo Círio, que a dona de casa Cleia Oliveira foi doar. Ela já é doadora das antigas e não perdeu a oportunidade. "É importante e a gente se sente bem em ajudar. Doar sangue é um ato cristão", disse, chamando outros devotos e não devotos cristãos (ou não) a doarem.