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Famílias aproveitam último dia de visitação do Bosque antes de fechar para revitalização

Bosque Rodrigues Alves ficará fechado por dois meses devido reformas emergenciais

Emanuele Corrêa

A partir desta segunda-feira (25) o Bosque Rodrigues Alves - Jardim Botânico da Amazônia passará por uma ampla reforma dentro e fora de suas dependências. O espaço com 15 hectares, reúne em média 20 mil visitantes por mês, tem mais de 10 mil árvores de 300 espécies e 435 animais, de 29 espécies, de acordo com informações do site institucional. As famílias presentes aproveitaram o último dia de visitação do parque, neste domingo (24) para aproveitar o lazer e comentaram sobre sua relação com um dos principais cartões postais de Belém.

Na entrada do Bosque as pessoas são recebidas pelo Emerson Feliz, que assim como seu sobrenome, utiliza o riso como instrumento de sua profissão. Ele é o palhaço "Vatapá" há 22 anos e trabalha na frente do parque vendendo brinquedos que ele confecciona como forma de sustento; agora, com a revitalização do Parque, irá buscar um novo espaço para vender a sua arte. "Eu trabalhava no Museu, mas quando ele fechou, viemos para cá. Estou todos os domingos aqui, mas como vai fechar eu vou voltar a viajar, que é como eu fazia antes da pandemia, faço artesanato e vendo nos interiores, Marajó. com artesanato. Eu sempre trabalho viajando. Agora, também tem também o mangal, eu nunca vendi lá. Mas domingo que vem vou tentar lá, porque o público também deve procurar outros espaços de lazer", observa.

De acordo com o site agência Belém, da Prefeitura de Belém, aconteceu uma visita técnica na última terça-feira (19) e após análise viu-se a necessidade de ações emergenciais nos próximos dias. A previsão é que o Bosque fique fechado por cerca de dois meses. Com isso, serão feitas obras de restauração da fachada - muro, grades, calçada e iluminação externa - restaurante, que será uma praça de alimentação e do Lago da Iara, onde ficam os peixes e são realizados os passeios de barco. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) verificará a questão das árvores e possibilidades de queda. Caso necessário, serão retiradas e novas mudas serão plantadas. Essa ação consistirá na primeira etapa do projeto de revitalização do Jardim Zoobotânico da Amazônia. A segunda etapa será realizada em 2022.

"A ideia é tornar o Bosque um espaço mais agradável e receptivo para a população de Belém. Essa revitalização, que vai iniciar ainda este mês, envolve áreas que consideramos essenciais nesse primeiro momento. Quem ganha com toda essa reforma é a população da capital paraense, que frequenta o parque aos finais de semana", destacou o diretor do Departamento de Gestão de Áreas Especiais da Semma, Alexandre Mesquita.

Mário Jorge arouck, 58 anos, autônomo desde sempre leva a família, hoje os filhos adultos também fazem o mesmo caminho, agora com um bebê, novo membro da família. Mário diz que a revitalização vem em boa hora, pois a própria estrutura do parque estava precária e que Belém é carente de espaços com contato com a natureza. "A própria estrutura, animais, plantas, há 20 anos era outro cenário. A gente fica preocupado também com os vendedores, que dependendo do sustento. Belém é carente de espaços com a natureza", observa.

Júnior e Karina Souza estavam há 4 anos sem frequentar o Bosque e levaram o filho Lucas Souza de 7 anos, para visitar o parque, por entender a necessidade do contato com a natureza e porque a criança estava há dias pedindo para rever o espaço. "Faz tempo que a gente não vem ao Bosque. Muita coisa mudou, e se melhorar, acho que será importante. É importante ter no meio da cidade que é quente, um espaço arborizado como este e ele tem que ter manutenção e ficar aberto para visitação. Nós viemos de Benevides, então, aqui dentro sentimos amenizar o calor, porque aqui em Belém está muito quente", finaliza Júnior.