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Crea-Pa orienta regras para solicitar manutenção e fiscalização em elevadores 

Entre os sinais de que algo pode estar errado com o elevador estão: paradas bruscas, desnível entre andares, ruídos incomuns, demora na abertura

Bruna Lima

A rotina de manutenção dos elevadores, muitas vezes negligenciada, é peça-chave para garantir a segurança de moradores, trabalhadores e visitantes em prédios residenciais e comerciais. Especialistas alertam que a fiscalização deve ser contínua, preventiva e realizada por profissionais habilitados. A negligência pode colocar vidas em risco e resultar em sanções legais aos responsáveis.

Segundo a presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea-PA), Adriana Falconeri, desde a fase de projeto até o uso pleno do equipamento, o acompanhamento técnico deve ser feito por engenheiros mecânicos registrados no conselho ou por empresas com profissionais habilitados. “A manutenção é feita por engenheiros com registro em seu respectivo conselho de classe. Desde o projeto, existem normas técnicas específicas para fabricação, instalação e manutenção desses equipamentos”, reforça.

Ainda de acordo com ela, em algumas cidades há a exigência legal do Relatório de Inspeção Anual (RIA), que deve ser emitido pela empresa mantenedora e apresentado à prefeitura. Além disso, o CREA, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil podem ser acionados para fiscalizações, dependendo da situação.

Entre os sinais de que algo pode estar errado com o elevador estão: paradas bruscas, desnível entre andares, ruídos incomuns, demora na abertura e fechamento das portas e balanço excessivo da cabina durante a viagem. “Em caso de emergência, a empresa mantenedora deve ser acionada imediatamente. E, na ausência dela, o Corpo de Bombeiros ou o próprio CREA podem ser procurados para averiguação”, orienta Adriana.

A síndica Carla Feio, que atua há três anos na administração de um condomínio em Belém, explica que firmou contrato com uma empresa especializada e realiza manutenções mensais nos elevadores. “Temos um cronograma fixo e acompanhamento constante. Além disso, sempre que algum morador relata barulho estranho, demora na abertura das portas ou outro problema, acionamos imediatamente a empresa para vistoria”, relata.

Ela destaca a importância de observar pequenos sinais no dia a dia. “Desnível entre andares, ruídos, cheiros diferentes e tudo isso pode indicar que há algo errado. Por isso, é importante agir com rapidez”, alerta Carla. A empresa contratada pelo condomínio em que atua é registrada no CREA e fornece todas as documentações exigidas, como a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) e o próprio RIA, obrigatórios para a liberação anual do alvará junto ao Corpo de Bombeiros.

Carla lembra ainda que dentro dos elevadores devem constar, de forma visível, os contatos da empresa responsável pela manutenção, para serem acionados em caso de emergência. “A manutenção preventiva garante não apenas a segurança, mas evita gastos maiores no futuro com correções de problemas graves”, afirma.

Adriana Falconeri reforça que o CREA está disponível para receber denúncias relacionadas à má prestação de serviços ou à atuação de profissionais não habilitados. “Temos canais de atendimento online e por telefone. A população também pode colaborar com a segurança, denunciando irregularidades”, diz.

Em meio à verticalização das cidades e ao aumento do número de prédios, a fiscalização e o acompanhamento técnico da manutenção dos elevadores se tornam ainda mais relevantes. Investir em prevenção é garantir segurança para todos que utilizam o equipamento, diariamente e, muitas vezes, sem perceber os riscos invisíveis que uma falha pode causar.

Para denúncias ao Crea acesse o link

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