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Alerta! Consumidores deixam pandemia de covid-19 para depois e lotam o comércio

Muita gente ignorou a pandemia e os riscos de contaminação para ir às compras de Natal

Vito Gemaque

Quem andou pelas ruas do centro comercial de Belém não diferenciava este mês de dezembros de outros anos. Mesmo com a pandemia do novo coronavírus em alta em vários Estados brasileiros com governantes municipais e estaduais tendo que aumentar as restrições, em Belém na manhã deste sábado, 12, a população preferiu ignorar a pandemia de Covid-19 ir as compras e se aglomerar. As pequenas passagens entre as barracas de camelôs e as lojas na João Alfredo transformavam a via em um formigueiro de pessoas apressadas com ninguém com tempo para parar. 

Muitas pessoas usavam máscara, porém não foi difícil encontrar quem estivesse sem o item de proteção ou com ele no queixo, o que não é recomendado por especialistas. Esse não era o caso do tratador de animais Amarildo Gomes de Melo, de 59, anos, que foi fazer compras com a esposa, mas tentava seguir todos os protocolos de distanciamento e segurança contra a Covid a risca. Ele foi tentar comprar o presente para a esposa e duas netas. O casal chegou por volta das 8h30 no comércio e percebeu a aglomeração desde o início.

"Eu uso máscara, álcool em gel na mão, e evito o tumulto. Fico longe do pessoal, sou hipertenso, e tenho problema respiratório. Não contrai Covid, passei quatro meses afastado do serviço para me cuidar", contou. Apesar da quantidade de pessoas no comércio e nas aglomerações registradas, Amarildo considera que os paraenses ainda são mais conscientes do que as populações de outros Estados. "Estive em Manaus e lá é horrível, parece que não existe doença. As pessoas andam sem máscara, não se protegem. Aqui as pessoas tem muito mais cuidado", aponta.

Ele pede que todos tenham cuidado, porque a pandemia não passou. "Uma minoria pensa que é uma brincadeira, porque não aconteceu entre a família da pessoa, mas eu já perdi dois primos e o meu sogro para a Covid por não se cuidarem. Se a desinformação já veio do governo federal, com o presidente dizendo que era apenas uma gripezinha, as pessoas não acreditam. Ele tem dinheiro e nós não temos nem hospital para combater a doença", alerta.

A vendedora de uma loja de roupas femininas comemorou o aumento de vendas. O comércio desde o início tem dezembro tem reagido bem e expandido as equipes nas lojas. "Todo mundo está vindo comprar. Aqui pelo menos está tendo muito movimento e saída de peças, os preços estão bons", conta Laiane Pantoja. A vendedora entrou no trabalho em janeiro deste ano no trabalho e lembra de como foi difícil nos momentos difíceis do auge da pandemia. "Agora o movimento está bem maior. No período da pandemia era muito diferente. Desde que o comércio voltou a funcionar agora o mês de dezembro foi o melhor", garante.