Centro do RJ será referência para modelo de tratamento de resíduos em Belém
O modelo que será replicado no Pará representa uma mudança profunda na forma como a capital paraense lida com seus resíduos
A Ciclus Amazônia levou, nesta semana, um grupo de jornalistas de Belém para uma visita técnica ao Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) da Ciclus Rio, em Seropédica (RJ). O espaço é um dos maiores aterros bioenergéticos da América Latina e servirá de referência para a nova Central que será construída no município de Acará, responsável pela destinação final dos resíduos sólidos da capital paraense.
Durante a visita, os profissionais da imprensa puderam acompanhar de perto todas as etapas do tratamento de resíduos, desde o controle do chorume até a geração de energia limpa a partir do biogás. Mais que um aterro sanitário, o CTR Rio é considerado um polo de transformação ambiental, capaz de processar até 10 mil toneladas de resíduos por dia, com foco em sustentabilidade, inovação e eficiência.
Além dos avanços tecnológicos, o CTR também promove impactos sociais relevantes, como geração de empregos, parcerias com cooperativas de catadores, projetos de educação ambiental e ações voltadas à saúde pública.
Para o diretor-presidente de Resíduos da Ciclus Ambiental, Bruno Muehlbauer, o modelo que será replicado no Pará representa uma mudança profunda na forma como a capital paraense lida com seus resíduos.
“Cada tonelada tratada representa uma escolha pelo futuro, com menos contaminação, mais energia limpa e mais dignidade para quem vive nas cidades”, afirmou.
Avanços já registrados em Belém
Desde abril de 2024, a Ciclus Amazônia é responsável pela concessão dos serviços de manejo e gestão de resíduos sólidos em Belém. Nesse período, já foram coletadas mais de 700 mil toneladas de resíduos, com investimentos em tecnologia, digitalização de processos e fiscalização contínua.
A excelência operacional da empresa foi comprovada em auditoria independente, que apontou 100% de conformidade nos 84 critérios avaliados entre outubro de 2024 e abril de 2025. Um estudo conduzido pelo Núcleo de Controle Ambiental da UFPA também atestou a legalidade e eficiência da concessão.
Próximos passos
Como parte do processo de modernização da destinação final dos resíduos de Belém, a Ciclus Amazônia já protocolou o pedido de licenciamento para encerramento do antigo Aterro do Aurá e para a implantação da nova Central de Tratamento e Valorização Ambiental no município do Acará.
“Os avanços são visíveis, mas sabemos que há muitos desafios pela frente. A regularização da destinação final, a ampliação da coleta seletiva e a nova Central são fundamentais para um sistema ambientalmente responsável e socialmente justo. Nosso olhar está no presente, mas principalmente no futuro, um futuro mais limpo, mais verde e mais digno para todos”, concluiu Muehlbauer.
Entre os destaques do modelo apresentado estão:
• Geração de energia limpa a partir da decomposição dos resíduos;
• Sistema completo de impermeabilização e drenagem, que protege o solo e o lençol freático;
• Captação e tratamento do chorume com reaproveitamento da água tratada;
• Monitoramento ambiental contínuo do ar, da água e do solo.
Entre os principais avanços, destacam-se:
• Coleta seletiva ampliada, com mais de 200 toneladas mensais de materiais reaproveitados;
• Fortalecimento das cooperativas de catadores;
• Estrutura moderna com 2.500 colaboradores e 290 equipamentos próprios.
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