Catedral Metropolitana de Belém é reconhecida como patrimônio cultural do Pará
Governo do Estado publicou no Diário Oficial o tombamento do imóvel
A Catedral Metropolitana de Belém foi declarada nesta quinta-feira (13) como patrimônio cultural de natureza material e imaterial do Estado do Pará. A lei nº 11.273, de 12 de novembro de 2025, foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) após aprovação da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e ser sancionada pelo governador Helder Barbalho.
A Catedral Metropolitana de Belém, também conhecida como Catedral da Sé, é um dos mais importantes marcos históricos e religiosos da capital paraense. Localizada no bairro da Cidade Velha, o ponto de fundação de Belém, o templo ocupa o mesmo local desde 1616, quando os colonizadores portugueses ergueram a primeira capela dedicada à Nossa Senhora das Graças, padroeira da cidade.
A atual construção começou em 1748, durante o governo do capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, e levou quase um século para ser concluída. Inspirada no estilo neoclássico, a Catedral se destaca pela imponência das duas torres frontais e pelos detalhes barrocos no interior, que revelam o trabalho de artistas locais e europeus.
Ao longo dos séculos, o templo passou por diversas reformas e restaurações, preservando seu valor histórico e arquitetônico. Em 1998, recebeu o título de Basílica Menor concedido pelo Papa João Paulo II. Além de ser a sede da Arquidiocese de Belém, a Catedral Metropolitana é também um dos pontos centrais da procissão do Círio de Nazaré, de onde parte a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré em direção à Basílica Santuário, em uma das maiores manifestações religiosas do mundo católico.
Recentemente, a fachada da Catedral foi restaurada e entregue em setembro antes do Círio de Nazaré 2025. A solenidade de inauguração contou com uma missa em ação de graças presidida pelo arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Júlio Endi Akamine, em um momento que reuniu a comunidade. Em seguida, os fiéis puderam contemplar a reforma na cerimônia oficial de entrega, quando foi acesa a nova iluminação externa do templo.
A obra contemplou reparos no reboco, limpeza e pintura, além do restauro das pedras de ilhós, de portas e janelas que estavam precisando de cuidados. Também foram restauradas as partes de metal nas cúpulas das torres de cruz, recuperada a iluminação externa, que há muito não se via, e realizados os trabalhos para colocar os relógios em funcionamento, assim como a manutenção dos sinos.
A iniciativa teve início a partir de uma conversa com o cura da Catedral Metropolitana, monsenhor Agostinho Cruz, que confiou na proposta apresentada pelo empresário André Tavares. Ao longo de mais de três séculos como marco da fé católica e patrimônio histórico e cultural do povo paraense, a Catedral Metropolitana recuperou o esplendor de sua imponência e a solidez que se projeta para o alto, com mais de 40 metros de altura.
As empresas envolvidas na obra foram a LC Equipamentos, Tainá Arruda Projetos de Restauro, Postos Dallas, CNPAG Advogados, Recicle Soluções Ambientais, Vitria Oftalmologia, além do vereador André Martha e da TEN Energia e Construtora Ltda.
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