Caravana das Periferias chega para fortalecer políticas públicas
O projeto também tem como objetivo conhecer e potencializar os agentes territoriais que agem ativamente nas periferias, como associações, coletivos, grupos ou agentes individuais
Combater as desigualdades sociais e conhecer áreas urbanas onde as políticas públicas devem ser fortalecidas são alguns dos principais objetivos da Caravana das Periferias, projeto idealizado pelo Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades. O lançamento ocorreu na última sexta-feira (12), na Usina da Paz do bairro do Guamá, em Belém, e contou com a presença de líderes comunitários, além de autoridades como o ministro das Cidades, Jader Filho; o governador Helder Barbalho; a vice-governadora, Hanna Ghassan; e o prefeito Edmilson Rodrigues.
A caravana também tem como objetivo conhecer e potencializar os agentes territoriais que agem ativamente nas periferias, como associações, coletivos, grupos ou agentes individuais. A iniciativa chega para compreender esses agentes, a partir de um diagnóstico dos temas e maneiras de potencializar as soluções.
“Estamos iniciando esse grande projeto do Ministério das Cidades, que é a Caravana das Periferias, onde vamos poder discutir nas diversas regiões do Brasil o que as periferias pensam, quais são as suas demandas, quais são os seus problemas e quais são as suas potencialidades, para que as políticas públicas do Ministério das Cidades possam chegar de maneira mais efetiva até essas pessoas”, explicou Jader Filho, ministro das Cidades.
“Nada melhor do que a gente poder ouvir os líderes comunitários, aquelas pessoas que são produtoras de cultura. Todos aqueles atores que já fazem hoje nas periferias do nosso país. Começamos hoje por Belém, afinal de contas eu sou um ministro paraense. Nada melhor do que começar aqui pela nossa cidade”, acrescentou, ao destacar a presença do secretário nacional de Periferias do MCid, Guilherme Simões.
Jader Filho enfatizou a importância do diálogo com as comunidades periféricas, para que o governo possa agir em cima das necessidades delas. “Por orientação do presidente Lula, a gente precisa dialogar. A gente precisa ouvir. Foi por isso que ele criou a Secretaria de Territórios Periféricos, para que a gente possa fazer com que as políticas públicas cheguem até as periferias. Essa é a nossa intenção e a gente vai hoje discutir, para que elas possam chegar da melhor maneira possível”, declarou.
Segundo o ministro, as melhores práticas periféricas deverão ser reconhecidas e premiadas. “A gente vai premiar as melhores práticas, para que elas sirvam de exemplo para outras periferias. Tem muito trabalho legal, muita coisa bem-feita pelo país”, adiantou Jader Filho, explicando que este primeiro momento será destinado ao diálogo.
“Nós temos um país continental, onde as soluções para as periferias aqui de Belém não são as mesmas para as periferias, por exemplo, lá de Porto Alegre. Então, a gente precisa ouvir, entender quais são essas demandas”, reforçou.
O governador Helder Barbalho também destacou a importância de “escutar e construir políticas públicas para aqueles que mais precisam”. “Para se construir cidades, precisa compreender a complexidade de cada localidade. É importante que o ministério acolha quem mais precisa de mobilidade urbana, de saneamento. Que olhe pelos idosos, pela família”, exemplificou.
Para o governador, a Caravana das Periferias e as Usinas da Paz caminham com o mesmo propósito, que é promover cidadania, oportunidade e inclusão. “Mostrar que a periferia pode ter o melhor e mais inclusivo projeto a partir da escolha da comunidade. Mostrar que podemos transformar a vida das pessoas”, assegurou.
O prefeito Edmilson Rodrigues defendeu que a Caravana das Periferias cumpre papel importante para se pensar no futuro das cidades. “A solução para os problemas só é possível quando se ouve quem sofre. O desemprego, a fome, a falta de equipamentos de saúde, de educação, de serviços de transporte. Então, debater com os cidadãos que vivem na periferia é dizer que, para nós, eles são o centro. Vocês devem comandar o debate sobre o futuro das cidades, porque os centros já são estruturados. A periferia, se ela cresce, nós temos cidades mais justas”, afirmou.
Ainda segundo o prefeito, na prática, a Caravana das Periferias vai ajudar a manter projetos para as comunidades periféricas. “Nós já temos políticas para diversas. Na medida em que o Governo Federal decide uma política para a periferia, ele cria condições de financiar projetos que nós já mantemos. Uma política de drenagem para as áreas alagadas, isso nós já fazemos. Mas, se tiver mais dinheiro, nós vamos fazer mais obras e garantir dignidade para quem vive nas áreas de baixadas”, explicou.
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