MENU

BUSCA

Ação social promove educação ambiental nas margens do Tucunduba neste domingo (21)

Defensores dos Rios de Belém realiza ação socioambiental com várias atividades para a comunidade

Vito Gemaque

O grupo Defensores dos Rios de Belém comemora o Dia da Árvore neste domingo (21) com uma grande ação socioambiental com várias atividades às margens do igarapé do Tucunduba, entre as travessas Lauro Sodré e Nossa Senhora das Graças, em frente à comunidade São Guido, no bairro da Terra Firme. O evento ocorre das 8h30 às 13h.

A atividade gratuita e aberta contará com distribuição e plantio de mudas, orientação jurídica, corte de cabelo, bingo social, prêmio de cesta básica, entrega de sabão ecológico e água sanitária, brindes para crianças e atrações culturais. Além disso, o grupo também colocará a placa em homenagem a Alba Lins, pesquisadora e ex-diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), que foi uma das primeiras incentivadoras do grupo.

"Nós somos um grupo de pessoas que tem sete anos de existência. Trabalhamos na qualidade de vida dos rios. Quando a macrodrenagem passou por aqui, depois que a empresa fez a estrutura, viemos com a comunidade para arborizar as margens dos rios que sofreram com as mudanças", relembra Lourizaldo Rocha, de 55 anos, membro do grupo Defensores dos Rios de Belém.

O grupo formado principalmente por moradores do Tucunduba conta com o apoio de pesquisadores de instituições como Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Embrapa e Universidade Federal do Pará (UFPA) e outras entidades.

Mais de 300 mudas já foram plantadas nas margens do igarapé Tucunduba formando em um verdadeiro corredor verde no rio, melhorando o clima e qualidade de vida na região. A ideia surgiu há mais de sete anos devido a existência de um lixão que atrapalhava muito a vida dos moradores no final da passagem Martins.

"Quando começou esse serviço da macrodrenagem, tinhamos um interesse de ter a passagem contemplada. Teve a drenagem e pavimentação asfáltica, pegaram açaízeiro e plantaram sem adubo nas margens do rio, a maioria morreu. Então começamos a nos mexer. Tivemos reunião Embrapa e Museu Emílio Goeldi, com as doutoras Helena Quadros e Alba Lins, na época de seis a oito pessoas, e de lá surgiu uma ideia de fazer oficinas, uma roda de conversa com sugestões ambientais do que poderia ser feito na comunidade e que pudesse gerar renda ali", destaca.

O objetivo do grupo atualmente é não só arborizar as margens do igarapé do Tucunduba, mas conscientizar a comunidade sobre a importância de cuidar do meio ambiente. O grupo distribui as mudas e cadastra os moradores para que cada morador seja responsável por uma árvore. Após a desconfiança inicial, a comunidade aderiu ao trabalho e já plantou por iniciativa própria várias outras árvores como ingazeiro, açaízeiro, amexeira, mamão, ameixeira, limoeiro, goiabeira, abacaxizeiro e cajueiro.

"A gente tenta da nossa forma manter a área limpa e arborizada. A ideia é de presentar o morador com a área verde. A gente dava uma muda e um certificado que ele seria o amigo do meio ambiente, para criar um corredor mais verde que tem na frente da sua casa. Fomos articulando com moradores de outros trechos. Os especialistas disseram quais eram as árvores boas para plantar, quais iriam melhor se adaptar ao solo e proteger o rio do assoreamento", detalha Lourizaldo.

O grupo ainda realiza outra ação nos próximos dias na Usina da Paz da Terra-Firme com o plantio de uma muda de andiroba.